segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

É PERMITIDO REPREENDER OS OUTROS, NOTAR AS IMPERFEIÇÕES DE OUTREM, DIVULGAR O MAL DE OUTREM?


19. Ninguém sendo perfeito, seguir-se-á que ninguém tem o direito de repreender o seu próximo?
Certamente que não é essa a conclusão a tirar-se, porquanto cada um de vós deve trabalhar pelo progresso de todos e, sobretudo, daqueles cuja tutela vos foi confiada. Por isso mesmo, deveis fazê-lo com moderação, para um fim útil, e não, como as mais das vezes, pelo prazer de denegrir. Neste último caso, a repreensão é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda seja cumprido com todo o cuidado possível. Ademais, a censura que alguém faça a outrem deve ao mesmo tempo dirigi-la a si próprio, procurando saber se não a terá merecido. – São Luís. (Paris, 1860.)
20. Será repreensível notarem-se as imperfeições dos outros, quando daí nenhum proveito possa resultar para eles, uma vez que não sejam divulgadas?
Tudo depende da intenção. Decerto, a ninguém é defeso ver o mal, quando ele existe. Fora mesmo inconveniente ver em toda a parte só o bem. Semelhante ilusão prejudicaria o progresso. O erro está no fazer-se que a observação redunde em detrimento do próximo, desacreditando-o, sem necessidade, na opinião geral. Igualmente repreensível seria fazê-lo alguém apenas para dar expansão a um sentimento de malevolência e à satisfação de apanhar os outros em falta. Dá-se inteiramente o contrário quando, estendendo sobre o mal um véu, para que o público não o veja, aquele que note os defeitos do próximo o faça em seu proveito pessoal, isto é, para se exercitar em evitar o que reprova nos outros. Essa observação, em suma, não é proveitosa ao moralista? Como pintaria ele os defeitos humanos, se não estudasse os modelos? – São Luís (Paris, 1860.)
21. Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem?
É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes. – São Luís (Paris, 1860.)

No reino da ação
Não condene.
Ajude ao outro.
Cultive serenidade.
Use os próprios recursos para fazer o bem.
Proceda com bondade, sem exibição de virtude.
Seja qual for o problema, faça o melhor que você puder.
Não admita a supremacia do mal.
Fuja de todo pensamento, palavra, atitude ou gesto que possam agravar as complicações de alguém.
Ouça com paciência e fale amparando.
Recorde que amanhã você talvez esteja precisando também de auxilio e, em toda situação indesejável, mesmo que o próximo demonstre necessidade de reprimenda, observe, conforme a lição de Jesus, se você está em condições de atirar a pedra.
Livro O Espírito da Verdade – Chico Xavier e Waldo – Vieira – Espírito André Luiz

domingo, 25 de novembro de 2018

A INDULGÊNCIA


16. Espíritas, gostaríamos hoje de vos falar sobre a indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal que todo homem deveria ter para com seus irmãos, mas que poucos praticam. A indulgência jamais vê os defeitos alheios, ou, se os vê, evita falar deles e divulgá-los. Pelo contrário, ela os esconde, a fim de que não sejam conhecidos e, se a malevolência os descobre, sempre tem uma desculpa pronta para amenizá-los, ou seja, uma desculpa aceitável, séria, e não daquelas que, parecendo atenuar a falta, a destacam de um modo maldoso.
A indulgência nunca se interessa pelos maus atos dos outros, a menos que isso seja para prestar um serviço, exemplificando, e ainda tem o cuidado de atenuá-los tanto quanto possível. Não faz observações ofensivas, não tem censura em seus lábios, mas apenas conselhos, muitas vezes velados. Quando vos lançais à crítica, que conclusões se devem tirar de vossas palavras? É que vós, que censurais, não teríeis feito o que reprovais e que, portanto, valeis mais que o culpado. Homens! Quando então julgareis os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes do que fazem vossos irmãos? Quando abrireis os olhos somente para vós mesmos?
Sede, portanto, severos para convosco mesmos e indulgentes para com os outros. Pensai n’Aquele que julga em última instância, que vê os pensamentos secretos de cada coração e que, consequentemente, perdoa muitas vezes os erros que repreendeis, ou condena os que desculpais, pois conhece bem a causa de todos os atos. Pensai que vós que proclamais tão alto: “Maldito!”, podereis, talvez, ter cometido erros mais graves.
Sede indulgentes, meus amigos, pois a indulgência encanta, acalma, reergue, enquanto a severidade discrimina, distancia e irrita. (Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo 10 Joseph, Espírito Protetor - Bordeaux, 1863).

Crítica

Se você está na hora de criticar alguém, pense um pouco, antes de iniciar.
Se o parente está em erro, lembre-se de que você vive junto dele para ajudar.
Se o irmão revela procedimento lamentável, recorde que há moléstias ocultas que podem atingir você mesmo.
Se um companheiro faliu, é chegado o momento de substituí-lo em trabalho, até que volte.
Se o amigo está desorientado, medite nas tramas da obsessão.
Se o homem da atividade pública parece fora do eixo, o desequilíbrio é problema dele.
Se há desastres morais nos vizinhos, isso é motivo para auxílio fraterno, porquanto esses mesmos desastres provavelmente chegarão até nós.
Se o próximo caiu em falta, não é preciso que alguém lhe agrave as dores de consciência.
Se uma pessoa entrou em desespero, no colapso das próprias energias, o azedume não adianta.
Ainda que você esteja diante daqueles que se mostram plenamente mergulhados na loucura ou na delinquência, fale no bem e fuja da crítica destrutiva, porque a sua reprovação não fará o serviço dos médicos e dos juízes indicados para socorrê-los, e, mesmo que a sua opinião seja austera e condenatória, nisso ou naquilo, você não pode olvidar que a opinião de Deus, Pai de nós todos, pode ser diferente.

Livro O Espírito da Verdade – Chico Xavier e Waldo – Vieira – Espírito André Luiz

domingo, 18 de novembro de 2018

O PERDÃO DAS OFENSAS


14. Quantas vezes perdoarei ao meu irmão? Deveis perdoar-lhe não sete vezes, mas sim setenta vezes sete vezes. Eis um dos ensinamentos de Jesus que mais deve marcar vossa inteligência e falar mais diretamente ao vosso coração. Comparai estas palavras de misericórdia com a prece tão simples, tão resumida e tão elevada no seu alcance, o Pai-Nosso que Jesus ensinou a seus discípulos, e encontrareis sempre o mesmo pensamento. Jesus, o justo por excelência, responde a Pedro: “Tu perdoarás, mas sem limites. Perdoarás ainda que a ofensa te seja feita muitas vezes. Ensinarás aos teus irmãos o esquecimento de si mesmos, que os torna invulneráveis a agressões, aos maus procedimentos e às injúrias. Serás doce e humilde de coração, nunca medindo tua mansidão e brandura. Farás, enfim, o que desejas que o Pai Celestial faça por ti. Não tem Ele te perdoado sempre? Acaso conta as inúmeras vezes em que Seu perdão vem apagar as tuas faltas?”
Prestai atenção à resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos. Perdoai, usai de indulgência, sede caridosos, generosos, isto é, pródigos no vosso amor. Dai, e o Senhor vos restituirá. Perdoai, e o Senhor vos perdoará. Abaixai-vos, e o Senhor vos reerguerá. Humilhai-vos, e o Senhor vos fará sentar à sua direita.
Ide, meus bem-amados, estudai e comentai estas palavras que vos dirijo da parte d’Aquele que, do alto dos esplendores celestes, sempre cuida de vós e continua com amor a tarefa ingrata que começou há dezoito séculos. Perdoai, portanto, aos vossos irmãos como tendes necessidade de serdes perdoados, e se os seus atos vos prejudicarem pessoalmente é mais um motivo para serdes indulgentes, porque o mérito do perdão é proporcional à gravidade do mal cometido. Além de tudo, nenhum merecimento teríeis se não perdoásseis sinceramente, aos vossos irmãos, as pequenas ofensas que vos façam.
Espíritas, nunca vos esqueçais que nas palavras, bem como nas ações, o perdão das injúrias não deve ser uma palavra vazia e inútil. Se vos dizeis espíritas, sede-o de fato. Esquecei o mal que vos foi feito e pensai apenas em uma coisa: no bem que podeis fazer. Aquele que entrou neste caminho não deve nem mesmo em pensamento desviar-se dele, porque sois responsáveis pelo que pensais, e Deus vos conhece. Fazei, portanto, com que eles sejam desprovidos de qualquer sentimento de rancor. Deus sabe o que se passa no coração de cada um dos seus filhos. Feliz, portanto, daquele que pode a cada noite dizer ao deitar-se: “Nada tenho contra meu próximo”.
Paulo, Apóstolo - Lyon, 1861
15. Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo. Perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade. Perdoar as ofensas é mostrar que se tornou melhor do que se era antes. Perdoai, portanto, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, pois, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se fordes rigorosos mesmo por uma pequena ofensa, como quereis que Deus esqueça que a cada dia tendes mais necessidade de perdão? Infeliz daquele que diz: “Nunca perdoarei”,
pois pronuncia a sua própria condenação. Será que, em vos autoanalisando, não fostes vós o agressor? Quem sabe se, nessa luta que começa por uma simples bagatela e termina por uma ruptura, não provocastes a primeira desavença? Se uma palavra ofensiva não escapou de vós? Se usastes de toda moderação necessária? Sem dúvida, vosso adversário errou em se mostrar tão melindroso, mas isto é uma razão a mais para serdes indulgentes e de não fazer por merecer a censura que vos foi endereçada. Admitamos que fostes realmente o ofendido numa certa situação. Quem garante que não envenenastes a situação por vinganças e que não transformastes em disputa séria o que poderia ter caído facilmente no esquecimento? Se depender de vós impedir as conseqüências e não o fizerdes, sereis sem dúvida culpado. Admitamos, enfim, que não tendes absolutamente nenhuma censura a vos fazer. Neste caso, quanto mais clementes fordes, maior será o vosso mérito.
Mas há duas maneiras bem diferentes de se perdoar: o perdão dos lábios e o do coração. Muitas pessoas dizem a respeito de seus adversários: “Eu lhe perdôo”, enquanto interiormente experimentam um secreto prazer pelo mal que lhes acontece, dizendo a si mesmos que eles bem o merecem. Quantos dizem: “Eu perdôo”, e acrescentam: “Mas nunca me reconciliarei. Não quero vê-lo pelo resto de minha vida”.
Esse é o perdão segundo o Evangelho? Não! O verdadeiro perdão, o perdão daquele que crê, lança um véu sobre o passado. É o único que vos será cobrado, pois Deus não se satisfaz com a aparência: sonda o fundo dos corações e os mais secretos pensamentos, não aceitando apenas palavras e simples fingimentos. O esquecimento total e completo das ofensas é próprio das grandes almas. O rancor é sempre um sinal de baixeza e de inferioridade. Não vos esqueçais de que o verdadeiro perdão se reconhece mais pelos atos do que pelas palavras.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS.


11. Não julgueis, para não serdes julgados; pois sereis julgados conforme houverdes julgado os outros; e aplicar-se-á a vós, na mesma medida, aquilo que aplicastes contra eles. (Mateus, 7:1 e 2)
12. Então os escribas e os fariseus levaram-Lhe uma mulher que havia sido surpreendida em adultério, fizeram-na ficar de pé no meio do povo e disseram a Jesus: Mestre, esta mulher acaba de ser surpreendida em adultério. Moisés nos ordena, na lei, apedrejar as adúlteras. Qual é, portanto, vossa opinião a respeito disso? Eles diziam isso querendo tentá-Lo, a fim de ter do que acusá-Lo. Mas Jesus, abaixando-se, escrevia com seu dedo na areia. Como continuassem a interrogá-Lo, levantou-se e lhes disse: Aquele dentre vós que estiver sem pecado lhe atire a primeira pedra. Após isso, abaixou-se de novo e continuou a escrever na areia. Mas eles, o tendo ouvido falar assim, retiraram-se, um após o outro, os velhos saindo primeiro. E assim Jesus permaneceu sozinho com a mulher, que estava no meio da praça.
Então Jesus, levantando-se de novo, lhe disse: Mulher, onde estão os vossos acusadores? Ninguém vos condenou? Ela Lhe disse: Não, Senhor. Jesus lhe respondeu: Eu também não vos condenarei. Ide e, no futuro, não pequeis mais. (João, 8:3 a 11)
13. Aquele que estiver sem pecado, atire-lhe a primeira pedra. Com este ensinamento, Jesus faz do perdão um dever, pois não há ninguém que dele não tenha necessidade para si mesmo, e nos ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que julgaríamos a nós mesmos e nem condenar nos outros o que perdoaríamos em nós.
Antes de condenar uma falta de alguém, vejamos se a mesma reprovação não pode recair sobre nós.
A censura lançada sobre a conduta dos outros pode ser por dois motivos: reprimir o mal ou desacreditar a pessoa cujos atos estamos criticando. Este último motivo nunca tem desculpa, pois vem da maledicência e da maldade. O primeiro pode ser louvável, e em certos casos torna-se até mesmo um dever, se disso deve resultar um bem, e sem esse procedimento o mal nunca seria combatido na sociedade. Aliás, não deve o homem ajudar o progresso de seu semelhante? Não se deve, portanto, tomar este princípio no sentido amplo ilimitado: Não julgueis, se não quiserdes ser julgados, porque a letra mata e o espírito vivifica.
Não é possível que Jesus tenha proibido de se censurar o mal.
Em todas as oportunidades Ele o combateu energicamente. Quis nos ensinar que a autoridade da censura se dá em razão da autoridade moral daquele que a pronuncia. Se nos sentirmos culpados por aquilo que condenamos nos outros, não temos o direito de ter essa autoridade, e, ainda mais, usamos de forma injusta, caso o façamos, o direito de condenação. Além disso, a consciência íntima recusa todo respeito e toda obediência voluntária àquele que, estando investido de qualquer poder, não respeite as leis e os princípios que está encarregado de aplicar. Não há maior autoridade legítima aos olhos de Deus do que aquela que se apóia no exemplo que dá do bem. Isto é o que ressalta, de forma bem clara, nas palavras de Jesus.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO


9. Por que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, vós que não vedes uma trave no vosso? Ou como dizeis ao vosso irmão: Deixai-me tirar um argueiro do vosso olho, vós que tendes uma trave no vosso? Hipócritas, retirai primeiramente a trave de vosso olho, e então vereis como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão. (Mateus, 7:3 a 5)
10. É uma insensatez dos homens ver o mal nos outros antes de ver aquele que está em nós próprios. Para julgar-se a si mesmo, seria preciso poder olhar seu íntimo num espelho, transportar-se de algum modo para fora de si, se isso fosse possível, e se considerar como uma outra pessoa, perguntando-se: O que eu pensaria se visse alguém fazendo o que faço? Indiscutivelmente o orgulho faz com que o homem disfarce seus próprios defeitos, tanto morais quanto físicos. Essa insensatez é totalmente contrária à caridade, pois a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente. A caridade orgulhosa é contrária ao bom-senso, já que esses dois sentimentos se neutralizam um ao outro.
De que maneira um homem bastante vaidoso por crer na importância de sua personalidade e na supremacia de suas qualidades pode ter ao mesmo tempo abnegação suficiente para fazer sobressair, nos outros, o bem que poderia ocultá-lo, em lugar de ressaltar o mal que poderia destacá-lo? O orgulho, além de ser o pai de muitos vícios, é também a negação de muitas virtudes. Encontramo-lo como base e como razão de quase todas as más ações. Eis porque Jesus se dedicou a combater o orgulho como principal obstáculo ao progresso.

domingo, 28 de outubro de 2018

O SACRIFÍCIO MAIS AGRADÁVEL A DEUS


7. Se, portanto, quando apresentardes vossa oferenda ao altar, vos lembrardes de que vosso irmão tem algo contra vós, deixai vosso donativo aos pés do altar e ide antes de mais nada vos reconciliar com vosso irmão e, só depois, voltai para oferecer vossa oferta. (Mateus, 5:23 e 24)
8. Quando Jesus disse: Ide vos reconciliar com vosso irmão antes de apresentar vossa oferenda ao altar, ensinou ao homem que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o de sacrificar o seu próprio ressentimento; que, antes de se apresentar a Ele para ser perdoado, é preciso perdoar e, se cometemos alguma injustiça contra um de nossos irmãos, é preciso tê-la corrigido. Então, só assim a oferenda será agradável, pois virá de um coração puro e isento de qualquer mau pensamento. Ele explicou assim este ensinamento porque os judeus ofereciam sacrifícios de coisas materiais e suas palavras deviam estar de acordo com os costumes em vigor naquela época.
Mas, como o cristão espiritualizou o sacrifício, não oferece mais dádivas materiais a Deus; para ele, o ensinamento ganha mais força.
Oferecendo sua alma a Deus, ela deve estar purificada. Entrando no templo do Senhor, deve deixar do lado de fora todo sentimento de ódio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmão e só então sua prece será levada pelos anjos aos pés do Eterno. Eis o que Jesus ensina com estas palavras: Deixai vosso donativo ao pé do altar e ide primeiro vos reconciliar com vosso irmão, se quiserdes ser agradável ao Senhor.

HUMILDADE
Por humilhar-se, no seio da terra, a semente aprende a morrer para renovar-se, enriquecendo o celeiro.
Por rebaixar-se de nível, a fim de ajudar, o grande rio faz-se pai das fontes e dos córregos, suportando todos os detritos e garantindo a economia dos continentes, a caminho do mar.
Por se ocultarem no subsolo, as raízes sustentam as árvores que são a fartura do mundo.
Por sofrer resignado, o óleo escuro converte-se em luz no pavio incandescente.
Por obedecer ao pensamento do oleiro, ergue-se a argila em vaso precioso.
Por curvar-se ante a ventania, a erva tenra consegue sobreviver à passagem da tormenta.
Por esconder-se solitária, sob o chão, a rocha alimenta a beleza do vale.
Humilha-te, engrandecendo a vida que te cerca, e a vida te exaltará.
Por isso mesmo, o Mestre Maior de Todos preferiu sofrer e dobrar-se na cruz, porque, com a grandeza imortal do sacrifício, construiu o caminho para a redenção de todas as criaturas.

Do Livro Escrínio de Luz – Espírito Emmanuel – Médium Chico Xavier.

domingo, 21 de outubro de 2018

RECONCILIAR-SE COM SEUS ADVERSÁRIOS


5. Reconciliai-vos o mais cedo possível com vosso adversário, enquanto estiverdes com ele a caminho, para que não suceda que o vosso adversário vos entregue ao juiz e que o juiz vos leve ao ministro da justiça, e que sejais mandado para a prisão. Eu vos digo, em verdade, que não saireis de lá, enquanto não houverdes pago até o último ceitil. (Mateus, 5:25 e 26)
6. Há, na prática do perdão assim como na do bem, geralmente, além do efeito moral, também um efeito material. Sabemos que a morte não nos livra dos nossos inimigos. Em muitos casos, os Espíritos desejosos de vingança, no além-túmulo, movidos por seu ódio, perseguem aqueles contra os quais conservaram seu rancor. Por isso, o provérbio que diz: “Morta a cobra, cessa o veneno”, é falso, quando aplicado ao homem. O Espírito mau aproveita o fato de que aquele a quem ele quer mal esteja ainda preso ao corpo e, portanto, menos livre, para mais facilmente atormentá-lo e atingi-lo em seus interesses ou afeições mais caras. Esta é a causa da maior parte dos casos de obsessão, principalmente daqueles que apresentam uma certa gravidade, como a subjugação e a possessão. O obsediado e o possesso são, quase sempre, vítimas de uma vingança, à qual eles deram motivo por sua conduta e cuja ação se acha numa vida anterior. Deus consente  esta situação como uma punição pelo mal que fizeram ou, se não o fizeram, por terem faltado com a indulgência e a caridade, não perdoando. É importante, pois, do ponto de vista da sua tranquilidade futura, corrigir o mais rápido possível os erros que cada um tenha cometido contra seu próximo, perdoando aos inimigos, a fim de eliminar, antes de desencarnar, qualquer motivo de desavenças ou ódios, ou qualquer causa motivada por rancor. Deste modo, de um inimigo enfurecido neste mundo pode-se fazer um amigo no outro, ou, pelo menos, ficar do lado do bem, e Deus ampara aqueles que perdoam. Quando Jesus recomenda reconciliar-se o mais cedo possível com seu adversário não é apenas com o objetivo de eliminar as discórdias durante a atual existência, mas para evitar que elas continuem nas existências futuras. Não saireis de lá, disse Jesus, enquanto não houverdes pago até o último ceitil, isto quer dizer que, enquanto não nos perdoarmos uns aos outros, estaremos presos em cadeias de ódio e rancor, das quais só nos libertaremos quando estiver satisfeita completamente a justiça de Deus. (Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 10 - Itens 5 e 6.)

domingo, 7 de outubro de 2018

PERDOAI PARA QUE DEUS VOS PERDOE


1. Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque eles próprios alcançarão misericórdia. (Mateus, 5:7)
2. Se perdoardes aos homens as faltas que cometem contra vós, vosso Pai celeste também perdoará vossos pecados; mas se não perdoardes aos homens quando vos ofendem, vosso Pai também não perdoará vossos pecados. (Mateus, 6:14 e 15)
3. Se vosso irmão pecou contra vós, ide acertar a falta em particular, entre vós e ele. Se ele vos ouvir, tereis ganho o vosso irmão. Então Pedro, se aproximando, Lhe disse: Senhor, quantas vezes perdoarei ao meu irmão quando pecar contra mim? Será até sete vezes? Jesus lhe respondeu: Não vos digo que apenas sete vezes e sim setenta vezes sete vezes. (Mateus, 18:15, 21 e 22)
4. A misericórdia é o complemento da doçura; porque aquele que não é misericordioso não será também dócil nem pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor revelam uma alma sem elevação e sem grandeza. O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que está acima do mal que lhe quiseram fazer. Uma é sempre ansiosa, de uma irritabilidade desconfiada e cheia de amargura; a outra é calma, cheia de mansidão e de caridade.
Infeliz daquele que diz: “Nunca perdoarei!” Este, se não for condenado pelos homens, certamente o será por Deus. Com que direito pedirá o perdão das suas próprias faltas, se ele próprio não perdoa as dos outros? Quando diz para perdoarmos ao nosso irmão não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes, Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites.
Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar: uma é grandiosa e nobre, verdadeiramente generosa, sem pensar no que passou, que evita com delicadeza ferir o amor-próprio e os sentimentos do agressor, ainda que este último tenha toda a culpa. A outra maneira é quando o ofendido, ou aquele que assim se julga, impõe ao ofensor condições humilhantes e o faz sentir todo o peso de um perdão que irrita ao invés de acalmar. Se estende a mão, não é com benevolência e sim com ostentação para se mostrar, a fim de poder dizer a todos: “Vede o quanto sou generoso!” Em tais condições é impossível que a reconciliação seja sincera de ambas as partes. Isto não é generosidade; é, antes, uma maneira de satisfação do orgulho. Em todas as
contendas, aquele que se mostra mais pacificador, que demonstra maior tolerância, caridade e verdadeira grandeza da alma, conquistará sempre a simpatia das pessoas imparciais.
(Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 10 - Itens 1 a 4.)

PERDÃO

Perdão é a possibilidade de trabalhar no resgate de nossas próprias faltas, é a luz do arrependimento que nos clareia a estrada ainda mesmo depois de nos arrojarmos às trevas interiores, é o ar que respiramos, generoso e puro, mesmo além do nosso gesto que maculou a simplicidade da Natureza.
O Pai desculpa os filhos proporcionando-lhes novo ensejo á corrigenda e à santificação, e, se o Todo-Compassivo nos tolera em semelhante clima construtivo, cabe-nos igualmente esquecer todo mal, na consideração dos próprios males que já praticamos, aproveitando todas as horas de nossa experiência no tempo para engrandecer a bondade, sem a qual não seguiremos para a frente.
A justiça funciona até que o amor tome posse do coração e da vida.
Onde há fraternidade, há compreensão. E onde há entendimento, há perdão com absoluto olvido da ofensa e trabalho espontâneo a benefício do ofensor, com as melhores vibrações de simpatia.
Enquanto alimentamos as pequenas discórdias, colaboramos com as grandes guerras, e, enquanto sustentamos adversários, garantimos focos infecciosos de raios mentais destruidores contra nós.
Recordemos o Cristo e lembremo-nos de que o Senhor silenciou perante a justiça.
Seu Espírito Divino pairava acima de todas as disputas humanas e, por isso mesmo, descerrando o coração cheio de amor, converteu-se, na cruz, em lâmpada celeste acesa no mundo para todos os séculos da Humanidade, indicando-nos o glorioso roteiro da Vida Eterna.

Do Livro Escrínio de Luz – Chico Xavier - Emmanuel

domingo, 30 de setembro de 2018

A CÓLERA


9. O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em Espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? Entregai-vos à cólera.
Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar.
Em seu frenesi, o homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque não lhe obedecem. Ah! Se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Quando não fosse pelo respeito que deve a si mesmo, cumpria-lhe esforçar-se por vencer um pendor que o torna objeto de piedade.
Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima. Outra consideração, sobretudo, devera contê-lo, a de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal se, num acesso de fúria, praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida!
Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. Isto deve bastar para induzir o homem a esforçar-se por dominar. O espírita, ademais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs. – Um Espírito protetor. (Bordeaux, 1863.)
10. Segundo a ideia falsíssima de que lhe não é possível reformar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de empregar esforços para se corrigir dos defeitos em que de boa vontade se compraz, ou que exigiriam muita perseverança para serem extirpados. É assim, por exemplo, que o indivíduo, propenso a encolerizar-se, quase sempre se desculpa com o seu temperamento. Em vez de se confessar culpado, lança a culpa ao seu organismo, acusando a Deus, dessa forma, de suas próprias faltas. É ainda uma consequência do orgulho que se encontra de permeio a todas as suas imperfeições.
Indubitavelmente, temperamentos há que se prestam mais que outros a atos violentos, como há músculos mais flexíveis que se prestam melhor aos atos de força. Não acrediteis, porém, que aí resida a causa primordial da cólera e persuadi-vos de que um Espírito pacífico, ainda que num corpo bilioso, será sempre pacífico, e que um Espírito violento, mesmo num corpo linfático, não será brando; somente a violência tomará outro caráter. Não dispondo de um organismo próprio a lhe secundar a violência, a cólera tornar-se-á concentrada, enquanto no outro caso será expansiva.
O corpo não dá cólera àquele que não na tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito. A não ser assim, onde estariam o mérito e a responsabilidade? O homem deformado não pode tornar-se direito, porque o Espírito nisso não pode atuar; mas pode modificar o que é do Espírito, quando o quer com vontade firme. Não vos mostra a experiência, a vós espíritas, até onde é capaz de ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente miraculosas que se operam sob as vossas vistas? Compenetrai-vos, pois, de que o homem não se conserva vicioso, senão porque quer permanecer vicioso; de que aquele que queira corrigir-se sempre o pode. De outro modo, não existiria para o homem a lei do progresso. – Hahnemann. (Paris, 1863.)

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

OBEDIÊNCIA E RESIGNAÇÃO


8. A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime (covarde) não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antiguidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifício e da renúncia carnal.
Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vício é a indiferença moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento! Ai dele! Porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego (Castigo/Chicote) e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos. – Lázaro. (Paris, 1863.)

ACORDAR E ERGUER-SE
"Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e o Cristo te iluminará."
Paulo. (EFÉSIOS, 5:14.)

Há milhares de companheiros nossos que dormem, indefinidamente, enquanto se alonga debalde para eles o glorioso dia de experiência sobre a Terra.
Percebem vagamente a produção incessante da Natureza, mas não se recordam da obrigação de algo fazer em benefício do progresso coletivo.
Diante da árvore que se cobre de frutos ou da abelha que tece o favo de mel, não se lembram do comezinho dever de contribuir para a prosperidade comum.
De maneira geral, assemelham-se a mortos preciosamente adornados.
Chega, porém, um dia em que acordam e começam a louvar o Senhor, em êxtase admirável...
Isso, no entanto, é insuficiente.
Há muitos irmãos de olhos abertos, guardando, porém, a alma na posição horizontal da ociosidade.
É preciso que os corações despertos se ergam para a vida, se levantem para trabalhar na sementeira e na seara do bem, a fim de que o Mestre os ilumine.
Esforcemo-nos por alertar os nossos companheiros adormecidos, mas não olvidemos a necessidade de auxiliá-los no soerguimento.
É imprescindível saibamos improvisar os recursos indispensáveis em auxílio dos nossos afeiçoados ou não que precisam levantar-se para as bênçãos de Jesus.
Não basta recomendar.
Quem receita serviço e virtude ao próximo, sem antes preparar-lhe o entendimento, através do espírito de fraternidade, identifica-se com o instrutor exigente, que reclama do aluno integral conhecimento acerca de determinado e valioso livro, sem antes ensiná-lo a ler.
Disse Paulo: - "Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e o Cristo te iluminará."
E nós repetiremos: - "Acordemos para a vida superior e levantemo-nos na execução das boas obras e o Senhor nos ajudará, para que possamos ajudar os outros."

Livro Fonte Viva – Chico Xavier – Espírito Emmanuel.

domingo, 16 de setembro de 2018

A PACIÊNCIA


7. A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.
Sedes pacientes! A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: “a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.”
A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.
Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu Ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro.
Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo. – Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)
TENDE CALMA
“E disse Jesus: Mandai assentar os homens.” — (JOÃO, capítulo 6, versículo 10.)
Esta passagem do Evangelho de João é das mais significativas. Verifica-se quando a multidão de quase cinco mil pessoas tem necessidade de pão, no isolamento da natureza.
Os discípulos estão preocupados.
Filipe afirma que duzentos dinheiros não bastarão para atender à dificuldade imprevista.
André conduz ao Mestre um jovem que trazia consigo cinco pães de cevada e dois peixes.
Todos discutem.
Jesus, entretanto, recebe a migalha sem descrer de sua preciosa significação e manda que todos se assentem, pede que haja ordem, que se faça harmonia. E distribuí o recurso com todos, maravilhosamente.
A grandeza da lição é profunda.
Os homens esfomeados de paz reclamam a assistência do Cristo. Falam nEle, suplicam-lhe socorro, aguardam-lhe as manifestações. Não conseguem, todavia, estabelecer a ordem em si mesmos para a recepção dos recursos celestes. Misturam Jesus com as suas imprecações, suas ansiedades loucas e seus desejos criminosos. Naturalmente se desesperam, cada vez mais desorientados, porquanto não querem ouvir o convite à calma, não se assentam para que se faça a ordem, persistindo em manter o próprio desequilíbrio.

Livro Caminho, Verdade e Vida – Chico Xavier – Espírito Emmanuel.