domingo, 27 de setembro de 2020

EFICIÊNCIA DA PRECE

5. Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis, e vos será concedido. (Marcos, 11:24)

6. Há pessoas que contestam a eficiência da prece, baseando-se no fato de que, se Deus conhece nossas necessidades, não é necessário que as revelemos. Acrescentam ainda que, como tudo se encadeia no Universo pelas leis eternas, nossas preces não podem mudar as leis de Deus.

Sem dúvida alguma, há leis naturais e imutáveis que Deus não anulará conforme os caprichos de cada um. Mas daí a se acreditar que todas as circunstâncias da vida estejam submetidas ao que se usa chamar de fatalidade, há uma grande diferença. Se fosse assim, o homem seria apenas um instrumento passivo, sem livre-arbítrio e sem iniciativa e, neste caso, só lhe restaria curvar a cabeça aos golpes dos acontecimentos, sem procurar evitá-los; não tentaria procurar desviar-se dos perigos. No entanto, Deus deu ao homem a razão e a inteligência para utilizar-se delas, deu-lhe a vontade para querer; a atividade para ser ativo. Porém, tendo o homem liberdade de ação em todos os sentidos, seus atos lhe acarretam para si e para os outros consequências conforme o que faça ou deixe de fazer. É por essa razão que certos acontecimentos acabam, obrigatoriamente, escapando ao que costumamos chamar de fatalidade, mas que em nada alteram a harmonia das leis universais, da mesma maneira que o avanço ou o retardamento dos ponteiros de um relógio não anula a lei do movimento que rege o seu mecanismo. Deus pode, portanto, atender a alguns pedidos sem alterar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, desde que se submetam à sua soberana vontade.

7. Não há lógica em deduzir-se deste ensinamento: Tudo aquilo que pedirdes pela prece vos será concedido, que basta pedir para se obter. É injusto acusar a Providência de não atender a todo pedido que lhe é feito, porque ela sabe, melhor do que nós, o que é para o nosso bem. Assim procede um pai sábio, que recusa ao seu filho as coisas que lhe seriam prejudiciais. Geralmente, o homem vê apenas o presente. Em vista disso, se o sofrimento é útil à sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, tal como o cirurgião deixa que o doente sofra as dores de uma operação que lhe trará a cura.

Deus sempre lhe dará a coragem, a paciência e a resignação, quando se dirigir a Ele com confiança, e lhe inspirará os meios de se livrar das dificuldades por si mesmo, ajudado pelas ideias que fará os bons Espíritos lhe sugerir, deixando-lhe, assim, o mérito da ação.

Deus ampara aos que se ajudam a si mesmos, conforme o ensinamento: Ajudai-vos e o Céu vos ajudará, mas não aos que tudo esperam de um socorro alheio sem fazer uso de suas próprias capacidades.

Infelizmente, a maioria prefere ser socorrida por um milagre do que ter que fazer algum esforço.

8. Tomemos um exemplo: um homem está perdido num deserto, sofre terrivelmente de sede, sente-se desfalecer. Cai ao chão; pede a Deus para ampará-lo e espera; nenhum anjo lhe vem dar de beber.

Contudo, um bom Espírito lhe sugere a ideia de levantar-se e seguir um dos atalhos que vê diante de si. Então, por um impulso instintivo, reúne suas forças, levanta-se e anda. Chega a uma elevação e descobre, ao longe, um riacho; nesse momento retoma a coragem. Se tiver fé, exclamará: “Obrigado, meu Deus, pelo pensamento que me inspirastes e pela força que me destes”. Se não tiver fé, dirá: “Que boa ideia eu tive! Que sorte de tomar o atalho da direita e não o da esquerda; algumas vezes, a sorte realmente nos ajuda! Quanto me felicito por minha coragem e por não ter me deixado abater!”

Mas, se dirá, por que o bom Espírito não lhe disse claramente: “Siga este atalho e encontrará o que necessita”? Por que não se mostrou para guiá-lo e sustentá-lo no seu desfalecimento? Desse modo, o teria convencido da intervenção da Providência. Foi, antes de mais nada, para lhe ensinar que é preciso ajudar-se a si mesmo e fazer uso de suas próprias forças. Depois, pela incerteza, Deus coloca à prova a confiança que depositamos n'Ele e a nossa submissão à sua vontade.

Aquele homem estava na situação da criança que cai e que, ao perceber alguém, grita e espera que a levantem. Se não vê ninguém, faz um esforço e se levanta sozinha.

Se o anjo que acompanhou Tobias lhe tivesse dito: “Sou enviado por Deus para te guiar em tua viagem e te proteger de todo o perigo”, Tobias não teria tido nenhum mérito. Confiaria em seu acompanhante e não teria tido necessidade nem de pensar; foi por isso que o anjo apenas se deu a conhecer na volta.

45 - QUANDO ORARDES 

“E, quando estiverdes orando, perdoai.”

Jesus. (MARCOS, CAPÍTULO 11, VERSÍCULO 25.) 

A sincera atitude da alma na prece não obedece aos movimentos mecânicos vulgares.

Nas operações da luta comum, a criatura atende, invariavelmente, aos automatismos da experiência material que se modifica de maneira imperceptível, nos círculos do tempo; todavia, quando se volta a alma aos santuários divinos do plano superior, através da oração, põe-se a consciência em contato com o sentido eterno e criador da vida infinita.

Examine cada aprendiz as sensações que experimenta em se colocando na posição de rogativa ao Alto, compreendendo que se lhe faz indispensável a manutenção da paz interna perante as criaturas e quadros circunstanciais do caminho.

A mente que ora, permanece em movimentação na esfera invisível.

As inteligências encarnadas, ainda mesmo quando se não conheçam entre si, na pauta das convenções materiais, comunicam-se através dos tênues fios do desejo manifestado na oração. Em tais instantes, que devemos consagrar exclusivamente à zona mais alta de nossa individualidade, expedimos mensagens, apelos, intenções, projetos e ansiedades que procuram objetivo adequado.

É digno de lástima todo aquele que se utiliza da oportunidade para dilatar a corrente do mal, consciente ou inconscientemente. É por este motivo que Jesus, compreendendo a carência de homens e mulheres isentos de culpa, lançou este expressivo programa de amor, a benefício de cada discípulo do Evangelho: — “E, quando estiverdes orando, perdoai.”

Livro Pão Nosso – Espírito Emmanuel – Médium Francisco Cândido Xavier.

domingo, 20 de setembro de 2020

1. Quando orardes, não vos assemelheis aos hipócritas que fingem orar, ao ficarem em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos homens. Eu vos digo, em verdade, eles já receberam sua recompensa. Mas quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, com a porta fechada, orai a vosso Pai em segredo; e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos dará a recompensa. Não faleis muito em vossas preces, como fazem os pagãos, que pensam que é pela quantidade de palavras que são atendidos. Não vos torneis semelhantes a eles, pois vosso Pai sabe do que tendes necessidade mesmo antes de pedirdes a Ele. (Mateus, 6:5 a 8)

2. Quando vos apresentardes para orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos Céus, perdoe também os vossos pecados. Se não lhe perdoardes, vosso Pai, que está nos Céus, também não perdoará os vossos. (Marcos, 11:25 e 26)

3. Ele também disse esta parábola a alguns que depositavam confiança neles mesmos, como sendo justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, estando de pé, orava assim para consigo mesmo: Meu Deus, eu vos rendo graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, como é também este publicano. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo o que possuo.

O publicano, ao contrário, ficando distante, não ousava nem mesmo levantar os olhos para o Céu; mas batia no peito ao dizer: Meu Deus, tende piedade de mim, pois sou um pecador.

Eu vos declaro que este retornou a sua casa justificado, e não o outro; pois todo aquele que se eleva será rebaixado, e todo aquele que se humilha será elevado. (Lucas, 18:9 a 14)

4. As qualidades da prece são claramente definidas por Jesus.

Quando orardes, disse, não vos coloqueis em evidência, mas orai em segredo; não aparenteis orar muito, pois não é pela quantidade de palavras que sereis atendidos, mas pela sinceridade delas. Antes de orardes, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, pois a prece não será agradável a Deus se não vier de um coração purificado de todo sentimento contrário à caridade; enfim, orai com humildade, como o publicano, e não com orgulho, como o fariseu; examinai vossas faltas e não vossas qualidades, e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há de mau em vós. (Veja nesta obra Cap. 10:7 e 8.)

 

PAI NOSSO

 

“Pai nosso...” – Jesus. (Mateus, 6:9.)

 

A grandeza da prece dominical nunca será devidamente compreendida por nós que lhe recebemos as lições divinas.

Cada palavra, dentro dela, tem a fulguração de sublime luz.

De início, o Mestre Divino lança-lhe os fundamentos em Deus, ensinando que o Supremo Doador da Vida deve constituir, para nós todos, o princípio e a finalidade de nossas tarefas.

É necessário começar e continuar em Deus, associando nossos impulsos ao plano divino, a fim de que nosso trabalho não se perca no movimento ruinoso ou inútil.

O Espírito Universal do Pai há de presidir-nos o mais humilde esforço, na ação de pensar e falar, ensinar e fazer.

Em seguida, com um simples pronome possessivo, o Mestre exalta a comunidade.

Depois de Deus, a Humanidade será o tema fundamental de nossas vidas.

Compreenderemos as necessidades e as aflições, os males e as lutas de todos os que nos cercam ou estaremos segregados no egoísmo primitivista.

Todos os triunfos e fracassos que iluminam e obscurecem a Terra pertencem-nos, de algum modo.

Os soluços de um hemisfério repercutem no outro.

A dor do vizinho é uma advertência para a nossa casa.

O erro de um irmão, examinado nos fundamentos, é igualmente nosso, porque somos componentes imperfeitos de uma sociedade menos perfeita, gerando causas perigosas e, por isso, tragédias e falhas dos outros afetam-nos por dentro.

Quando entendemos semelhante realidade, o império do eu” passa a incorporar-se por célula bendita à vida santificante.

Sem amor a Deus e à Humanidade, não estamos suficientemente seguros na oração.

Pai nosso... – disse Jesus para começar. Pai do Universo... Nosso mundo...

Sem nos associarmos aos propósitos do Pai, na pequenina tarefa que nos foi permitido executar, nossa prece será, muitas vezes, simples repetição do “eu quero”, invariavelmente cheio de desejos, mas quase sempre vazio de sensatez e de amor.

 

Livro Pão Nosso – Espírito Emmanuel – Médium Francisco Cândido Xavier.

domingo, 13 de setembro de 2020

MEDIUNIDADE GRATUITA

7. Os médiuns de agora – visto que também os apóstolos tinham mediunidade – receberam igualmente de Deus um dom gratuito: o de serem os intérpretes dos Espíritos para instruírem os homens, para lhes mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé e não para venderem palavras que não lhes pertencem, visto que não são o produto de suas concepções, nem de suas pesquisas, nem de seus trabalhos pessoais. Deus quer que a luz chegue a todos; não quer que o mais pobre seja dela privado e possa dizer: Não tenho fé, porque não a pude pagar; não tive a consolação de receber os encorajamentos e os testemunhos de afeição daqueles por quem choro, porque sou pobre. Eis por que a mediunidade não é um privilégio, e se encontra em todos os lugares. Cobrar por ela seria desviá-la de seu objetivo providencial.

8. Todo aquele que conhece as condições em que os bons Espíritos se comunicam e a repulsa que sentem por tudo o que é de interesse egoísta, sabe como pouca coisa é preciso para que se afastem, jamais poderá admitir que os Espíritos superiores estejam à disposição do primeiro que os chamasse, recompensando-os a tanto por sessão. O simples bom-senso repele esse pensamento. Não seria também uma profanação evocar em troca de dinheiro os seres que respeitamos ou que nos são queridos? Sem dúvida, agindo assim, podem-se ter manifestações, mas quem poderá garantir a sinceridade delas? Espíritos levianos, mentirosos, espertos e toda a espécie de Espíritos inferiores, muito pouco escrupulosos, correm sempre a esses chamados e estão sempre prontos a responder a tudo que lhes é perguntado, sem se preocupar com a verdade. Aquele que quer comunicações sérias deve, em primeiro lugar, procurá-las seriamente, depois de certificar-se sobre a natureza das ligações do médium com os seres do mundo espiritual. Portanto, a primeira condição para se alcançar a benevolência dos bons Espíritos é a humildade, o devotamento, a abnegação e o mais absoluto desinteresse moral e material.

9. Ao lado da questão moral, apresenta-se uma consideração real e positiva, não menos importante, que se liga à própria natureza da mediunidade. A mediunidade séria não pode ser e jamais será uma profissão, não somente porque seria desacreditada moralmente, e logo se assemelharia aos que leem a sorte, mas também porque um obstáculo se opõe a isso. É que a mediunidade é um dom essencialmente móvel, fugidio, variável e inconstante. Ela seria, pois, para o explorador, um recurso completamente incerto, que poderia lhe faltar no momento mais necessário. Outra coisa é um talento adquirido pelo estudo e pelo trabalho e que, por essa razão, equivale a uma propriedade da qual naturalmente é permitido tirar proveito. Mas a mediunidade não é nem uma arte, nem um talento; é por isso que ela não pode tornar-se uma profissão; ela apenas existe com a participação dos Espíritos; sem eles não há mediunidade; a aptidão pode continuar existindo, mas o exercício é falso, é nulo. Não há um único médium no mundo que possa garantir a obtenção de uma manifestação espírita e num determinado instante. Explorar a mediunidade é, portanto, dispor de algo que não se possui. Afirmar o contrário é enganar aquele que paga. Ainda há mais: não é de si mesmo que o explorador dispõe; é dos Espíritos, das almas dos mortos cuja cooperação se colocou à venda. Esta ideia causa repugnância. Foi esse tráfico, comprovado pelo abuso, explorado pelos impostores, pela ignorância, pela crendice e pela superstição, que motivou a proibição de Moisés*. O Espiritismo moderno, compreendendo a seriedade da questão, lançou sobre seus exploradores o descrédito, elevando a mediunidade à categoria de missão.

10. A mediunidade é uma missão sagrada que deve ser praticada santa e religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requer essa condição de maneira ainda mais absoluta é a mediunidade de cura. Assim é que o médico oferece o fruto de seus estudos, que fez à custa de sacrifícios muitas vezes árduos; o magnetizador* dá o seu próprio fluido, muitas vezes, até mesmo sua saúde; portanto, ambos podem colocar preço nisso. O médium curador por sua vez transmite o fluido salutar dos bons Espíritos e isso ele não tem o direito de vender.

Jesus e os apóstolos, embora pobres, nada recebiam pelas curas que faziam.

Aquele, pois, que não tem do que viver, que procure recursos em outros lugares, menos na mediunidade, e que apenas dedique a ela, se for o caso, o tempo de que possa dispor materialmente. Os Espíritos levarão em conta o seu devotamento e sacrifícios, enquanto se afastarão daqueles que esperam fazer da mediunidade um modo de subir na vida.

* N. E. - No tempo de Moisés a consulta aos Espíritos, embora largamente praticada, não tinha finalidade séria. A mediunidade, então conhecida como profecia, era comercializada. Por qualquer motivo, consultavam os Espíritos. A mediunidade era explorada por impostores, e foi isto que Moisés proibiu. Mas foi ele mesmo quem disse: “Quem dera que todo o povo do Senhor profetizasse” – isto é, fosse médium, dignificando assim a mediunidade. (Consulte Números, 11:26 a 29.)

* N. E. - Magnetizador: que magnetiza, que transmite sua influência, que impõe sua vontade a outro com o objetivo da cura.

MÉDIUNS

 

Não procures o médium dos Espíritos Benfeitores, qual se fosses defrontado por um ser sobrenatural.

Quem se empenha a semelhante adoração, copia a atitude dos companheiros de Moisés, quando se devotavam aos ídolos inativos, com a diferença de que a nossa fantasiosa adoração estaria centralizada em torno de um ídolo animado e naturalmente falível.

O médium é um companheiro.

É um trabalhador.

É um amigo.

E é sobretudo nosso irmão, com dificuldades e problemas análogos àqueles que assediam a mente de qualquer espírito encarnado.

O nosso objetivo é buscar a luz do Espírito, que flui da lição que se derrama da Vida Maior, e não o garimpo de fenômenos superficiais, que brilham quais foguetes de artificio, impressionando a imaginação sem proveito real para ninguém.

Lembremo-nos de que nós outros, os aprendizes do Evangelho, estamos em torno do Médium de Deus, que é Jesus, há quase dois mil anos, não mais qual Tomé, sondando-lhe as chagas, mas na posição de discípulos redivivos, que procuram e encontram, não a figuração material do Senhor, mas a sua palavra de vida eterna, estruturada no espírito imperecível em que se lhe gravaram os ensinamentos imortais.

Livro Mediunidade e Sintonia – Espírito Emmanuel – Médium Francisco Cândido Xavier.

domingo, 6 de setembro de 2020

MERCADORES EXPULSOS DO TEMPLO

5. Vieram em seguida a Jerusalém, e Jesus, tendo entrado no templo, começou a expulsar de lá os que vendiam e compravam; derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombos; e não permitiu que ninguém transportasse qualquer utensílio pelo templo. Também os instruiu ao dizer: Não está escrito que minha casa será chamada casa de orações por todas as nações? E, entretanto, fizestes dela um covil de ladrões. Os príncipes dos sacerdotes, tendo ouvido isto, procuravam um meio de prendê-Lo; pois temiam-No, uma vez que todos estavam tomados de admiração pela sua doutrina. (Marcos, 11:15 a 18; Mateus, 21:12 e 13)

6. Jesus expulsou os mercadores do templo. Deste modo, condenou o tráfico das coisas santas sob qualquer forma. Deus não vende nem sua bênção, nem seu perdão, nem a entrada no reino dos Céus. O homem não tem, pois, o direito de lhes estipular preço.


EDUCA

 

“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que

o Espírito de Deus habita em vós?”

Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 3:16.)

 

Na semente minúscula reside o germe do tronco benfeitor.

No coração da terra há melodias da fonte.

No bloco de pedra há obras-primas de estatuária.

Entretanto, o pomar reclama esforço ativo. A corrente cristalina pede aquedutos para transportar-se incontaminada.

A jóia de escultura pede milagres do buril. Também o Espírito traz consigo o gene da Divindade.

Deus está em nós, quanto estamos em Deus.

Mas, para que a luz divina se destaque da treva humana, é necessário que os processos educativos da vida nos trabalhem no empedrado caminho dos milênios.

Somente o coração enobrecido no grande entendimento pode vazar o heroísmo santificante.

Apenas o cérebro cultivado pode produzir iluminadas formas de pensamento.

Só a grandeza espiritual consegue gerar a palavra equilibrada, o verbo sublime e a voz balsamizante.

Interpretemos a dor e o trabalho por artistas celestes de nosso acrisolamento.

Educa e transformarás a irracionalidade em inteligência, a inteligência em humanidade e a humanidade em angelitude.

Educa e edificarás o paraíso na Terra. Se sabemos que o Senhor habita em nós, aperfeiçoemos a nossa vida, a fim de manifestá-lo.

Livro Fonte Viva – Espírito Emmanuel – Médium Francisco Cândido Xavier.