7. A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos
aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela
dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.
Sedes pacientes! A paciência também é
uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado
de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de
todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais
meritória: “a de perdoarmos aos que Deus colocou em
nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova
a paciência.”
A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se
de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por
ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações
e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as
bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando
se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.
Coragem, amigos! Tendes no Cristo o
vosso modelo. Mais sofreu Ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se
penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer
para o futuro.
Sede, pois, pacientes, sede cristãos.
Essa palavra resume tudo. – Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)
TENDE
CALMA
“E
disse Jesus: Mandai assentar os homens.” — (JOÃO, capítulo 6, versículo 10.)
Esta passagem do Evangelho de João é das mais
significativas. Verifica-se quando a multidão de quase cinco mil pessoas tem
necessidade de pão, no isolamento da natureza.
Os discípulos estão preocupados.
Filipe afirma que duzentos dinheiros não
bastarão para atender à dificuldade imprevista.
André conduz ao Mestre um jovem que trazia
consigo cinco pães de cevada e dois peixes.
Todos discutem.
Jesus, entretanto, recebe a migalha sem descrer
de sua preciosa significação e manda que todos se assentem, pede que haja
ordem, que se faça harmonia. E distribuí o recurso com todos, maravilhosamente.
A grandeza da lição é profunda.
Os homens esfomeados de paz reclamam a
assistência do Cristo. Falam nEle, suplicam-lhe socorro, aguardam-lhe as
manifestações. Não conseguem, todavia, estabelecer a ordem em si mesmos para a
recepção dos recursos celestes. Misturam Jesus com as suas imprecações, suas
ansiedades loucas e seus desejos criminosos. Naturalmente se desesperam, cada
vez mais desorientados, porquanto não querem ouvir o convite à calma, não se assentam
para que se faça a ordem, persistindo em manter o próprio desequilíbrio.
Livro Caminho, Verdade e Vida – Chico Xavier – Espírito Emmanuel.
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