domingo, 23 de janeiro de 2022

A INDULGÊNCIA

Joseph, Espírito Protetor - Bordeaux, 1863

16. Espíritas, gostaríamos hoje de vos falar sobre a indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal que todo homem deveria ter para com seus irmãos, mas que poucos praticam.

A indulgência jamais vê os defeitos alheios, ou, se os vê, evita falar deles e divulgá-los. Pelo contrário, ela os esconde, a fim de que não sejam conhecidos e, se a malevolência os descobre, sempre tem uma desculpa pronta para amenizá-los, ou seja, uma desculpa aceitável, séria, e não daquelas que, parecendo atenuar a falta, a destacam de um modo maldoso.

A indulgência nunca se interessa pelos maus atos dos outros, a menos que isso seja para prestar um serviço, exemplificando, e ainda tem o cuidado de atenuá-los tanto quanto possível. Não faz observações ofensivas, não tem censura em seus lábios, mas apenas conselhos, muitas vezes velados. Quando vos lançais à crítica, que conclusões se devem tirar de vossas palavras? É que vós, que censurais, não teríeis feito o que reprovais e que, portanto, valeis mais que o culpado. Homens! Quando então julgareis os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes do que fazem vossos irmãos? Quando abrireis os olhos somente para vós mesmos?

Sede, portanto, severos para convosco mesmos e indulgentes para com os outros. Pensai n’Aquele que julga em última instância, que vê os pensamentos secretos de cada coração e que, consequentemente, perdoa muitas vezes os erros que repreendeis, ou condena os que desculpais, pois conhece bem a causa de todos os atos. Pensai que vós que proclamais tão alto: “Maldito!”, podereis, talvez, ter cometido erros mais graves.

Sede indulgentes, meus amigos, pois a indulgência encanta, acalma, reergue, enquanto a severidade discrimina, distancia e irrita. 

NÃO É SÓ

“Mas agora despojai-vos também de todas estas coisas: da ira, da cólera, da

malícia, da maledicência, das palavras torpes de vossa boca.”

Paulo - (COLOSSENSES, CAPÍTULO 3, VERSÍCULO 8.)

Na atividade religiosa, muita gente crê na reforma da personalidade, desde que o discípulo da fé se desligue de certos bens materiais.

Um homem que distribua grande quantidade de rouparia e alimento entre os necessitados é tido à conta de renovado no Senhor; contudo, isto constitui modalidade da verdadeira transformação, sem representar o conjunto das características que lhe dizem respeito.

Há criaturas que se despojam de dinheiro em favor da beneficência, mas não cedem no terreno da opinião pessoal, no esforço sublime de renunciação.

Enormes fileiras de aprendizes proclamam-se dispostas à prática do bem; no entanto, exigem que os serviços de benemerência se executem conforme os seus caprichos e não segundo Jesus.

Em toda parte, ouvem-se fervorosas promessas de fidelidade ao Cristo; todavia, ninguém conseguirá semelhante realização sem observar o conjunto das obrigações necessárias.

Pequeno erro de cálculo pode trair o equilíbrio de um edifício inteiro. Eis por que em se despojando alguém de algum patrimônio material, a benefício dos outros, não se esqueça também de desintegrar, em derredor dos próprios passos, os velhos envoltórios do rancor, do capricho doentio, do julgamento apressado ou da leviandade criminosa, dentro dos quais afivelamos pesada máscara ao rosto, de modo a parecer o que não somos.

Livro Pão Nosso – Emmanuel – Médium Chico Xavier.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

O PERDÃO DAS OFENSAS

Simeão - Bordeaux, 1862

14. Quantas vezes perdoarei ao meu irmão? Deveis perdoar-lhe não sete vezes, mas sim setenta vezes sete vezes. Eis um dos ensinamentos de Jesus que mais deve marcar vossa inteligência e falar mais diretamente ao vosso coração. Comparai estas palavras de misericórdia com a prece tão simples, tão resumida e tão elevada no seu alcance, o Pai-Nosso que Jesus ensinou a seus discípulos, e encontrareis sempre o mesmo pensamento. Jesus, o justo por excelência, responde a Pedro: “Tu perdoarás, mas sem limites. Perdoarás ainda que a ofensa te seja feita muitas vezes. Ensinarás aos teus irmãos o esquecimento de si mesmos, que os torna invulneráveis a agressões, aos maus procedimentos e às injúrias. Serás doce e humilde de coração, nunca medindo tua mansidão e brandura. Farás, enfim, o que desejas que o Pai Celestial faça por ti. Não tem Ele te perdoado sempre? Acaso conta as inúmeras vezes em que Seu perdão vem apagar as tuas faltas?”

Prestai atenção à resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos. Perdoai, usai de indulgência, sede caridosos, generosos, isto é, pródigos no vosso amor. Dai, e o Senhor vos restituirá. Perdoai, e o Senhor vos perdoará. Abaixai-vos, e o Senhor vos reerguerá. Humilhai-vos, e o Senhor vos fará sentar à sua direita.

Ide, meus bem-amados, estudai e comentai estas palavras que vos dirijo da parte d’Aquele que, do alto dos esplendores celestes, sempre cuida de vós e continua com amor a tarefa ingrata que começou há dezoito séculos. Perdoai, portanto, aos vossos irmãos como tendes necessidade de serdes perdoados, e se os seus atos vos prejudicarem pessoalmente é mais um motivo para serdes indulgentes, porque o mérito do perdão é proporcional à gravidade do mal cometido. Além de tudo, nenhum merecimento teríeis se não perdoásseis sinceramente, aos vossos irmãos, as pequenas ofensas que vos façam.

Espíritas, nunca vos esqueçais que nas palavras, bem como nas ações, o perdão das injúrias não deve ser uma palavra vazia e inútil. Se vos dizeis espíritas, sede-o de fato. Esquecei o mal que vos foi feito e pensai apenas em uma coisa: no bem que podeis fazer. Aquele que entrou neste caminho não deve nem mesmo em pensamento desviar-se dele, porque sois responsáveis pelo que pensais, e Deus vos conhece. Fazei, portanto, com que eles sejam desprovidos de qualquer sentimento de rancor. Deus sabe o que se passa no coração de cada um dos seus filhos. Feliz, portanto, daquele que pode a cada noite dizer ao deitar-se: “Nada tenho contra meu próximo”.

Paulo, Apóstolo - Lyon, 1861 

15. Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo. Perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade. Perdoar as ofensas é mostrar que se tornou melhor do que se era antes. Perdoai, portanto, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, pois, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se fordes rigorosos mesmo por uma pequena ofensa, como quereis que Deus esqueça que a cada dia tendes mais necessidade de perdão? Infeliz daquele que diz: “Nunca perdoarei”,

pois pronuncia a sua própria condenação. Será que, em vos autoanalisando, não fostes vós o agressor? Quem sabe se, nessa luta que começa por uma simples bagatela e termina por uma ruptura, não provocastes a primeira desavença? Se uma palavra ofensiva não escapou de vós? Se usastes de toda moderação necessária? Sem dúvida, vosso adversário errou em se mostrar tão melindroso, mas isto é uma razão a mais para serdes indulgentes e de não fazer por merecer a censura que vos foi endereçada. Admitamos que fostes realmente o ofendido numa certa situação. Quem garante que não envenenastes a situação por vinganças e que não transformastes em disputa séria o que poderia ter caído facilmente no esquecimento? Se depender de vós impedir as consequências e não o fizerdes, sereis sem dúvida culpado. Admitamos, enfim, que não tendes absolutamente nenhuma censura a vos fazer. Neste caso, quanto mais clementes fordes, maior será o vosso mérito.

Mas há duas maneiras bem diferentes de se perdoar: o perdão dos lábios e o do coração. Muitas pessoas dizem a respeito de seus adversários: “Eu lhe perdôo”, enquanto interiormente experimentam um secreto prazer pelo mal que lhes acontece, dizendo a si mesmos que eles bem o merecem. Quantos dizem: “Eu perdôo”, e acrescentam: “Mas nunca me reconciliarei. Não quero vê-lo pelo resto de minha vida”. Esse é o perdão segundo o Evangelho? Não! O verdadeiro perdão, o perdão daquele que crê, lança um véu sobre o passado. É o único que vos será cobrado, pois Deus não se satisfaz com a aparência: sonda o fundo dos corações e os mais secretos pensamentos, não aceitando apenas palavras e simples fingimentos. O esquecimento total e completo das ofensas é próprio das grandes almas. O rancor é sempre um sinal de baixeza e de inferioridade. Não vos esqueçais de que o verdadeiro perdão se reconhece mais pelos atos do que pelas palavras.

RESISTÊNCIA AO MAL 

"Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal." - Jesus. (MATEUS, 5:39.)

Os expoentes da má-fé costumam interpretar falsamente as palavras do Mestre, com relação à resistência ao mal.

Não determinava Jesus que os aprendiz es se entregassem, inermes, às correntes destruidoras.

Aconselhava a que nenhum discípulo retribuísse violência por violência.

Enfrentar a crueldade com armas semelhantes seria perpetuar o ódio e a desregrada ambição no mundo.

O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores, revelando forças diferentes.

Em razão disso, a atitude requisitada pelo crime jamais será a indiferença e, sim, a do bem ativo, enérgico, renovador, vigilante e operoso.

Em todas as épocas, os homens perpetraram erros graves, tentando reprimir a maldade, filha da ignorância, com a maldade, filha do cálculo. E as medidas infelizes, grande número de vezes, foram concretizadas em nome do próprio Cristo.

Guerras, revoluções, assassínios, perseguições foram movimentados pelo homem, que assim presume cooperar com o Céu. No entanto, os empreendimentos sombrios nada mais fizeram que acentuar a catástrofe da separação e da discórdia.

Semelhantes revides sempre constituem pruridos de hegemonia indébita do sectarismo pernicioso nos partidos políticos, nas escolas filosóficas e nas seitas religiosas, mas nunca determinação de Jesus.

Reconhecendo, antecipadamente, que a miopia espiritual das criaturas lhe desfiguraria as palavras, o Mestre reforçou a conceituação, asseverando: "Eu, porém, vos digo..."

O plano inferior adota padrões de resistência, reclamando "olho por olho, dente por dente"...

Jesus, todavia, nos aconselha a defesa do perdão setenta vezes sete, em cada ofensa, com a bondade diligente, transformadora e sem-fim.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel – Médium Chico Xavier.

domingo, 9 de janeiro de 2022

NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS.

11. Não julgueis, para não serdes julgados; pois sereis julgados conforme houverdes julgado os outros; e aplicar-se-á a vós, na mesma medida, aquilo que aplicastes contra eles. (Mateus, 7:1 e 2)

12. Então os escribas e os fariseus levaram-Lhe uma mulher que havia sido surpreendida em adultério, fizeram-na ficar de pé no meio do povo e disseram a Jesus: Mestre, esta mulher acaba de ser surpreendida em adultério. Moisés nos ordena, na lei, apedrejar as adúlteras. Qual é, portanto, vossa opinião a respeito disso? Eles diziam isso querendo tentá-Lo, a fim de ter do que acusá-Lo. Mas Jesus, abaixando-se, escrevia com seu dedo na areia. Como continuassem a interrogá-Lo, levantou-se e lhes disse: Aquele dentre vós que estiver sem pecado lhe atire a primeira pedra. Após isso, abaixou-se de novo e continuou a escrever na areia. Mas eles, o tendo ouvido falar assim, retiraram-se, um após o outro, os velhos saindo primeiro. E assim Jesus permaneceu sozinho com a mulher, que estava no meio da praça.

Então Jesus, levantando-se de novo, lhe disse: Mulher, onde estão os vossos acusadores? Ninguém vos condenou? Ela Lhe disse: Não, Senhor. Jesus lhe respondeu: Eu também não vos condenarei. Ide e, no futuro, não pequeis mais. (João, 8:3 a 11)

13. Aquele que estiver sem pecado, atire-lhe a primeira pedra. Com este ensinamento, Jesus faz do perdão um dever, pois não há ninguém que dele não tenha necessidade para si mesmo, e nos ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que julgaríamos a nós mesmos e nem condenar nos outros o que perdoaríamos em nós.

Antes de condenar uma falta de alguém, vejamos se a mesma reprovação não pode recair sobre nós.

A censura lançada sobre a conduta dos outros pode ser por dois motivos: reprimir o mal ou desacreditar a pessoa cujos atos estamos criticando. Este último motivo nunca tem desculpa, pois vem da maledicência e da maldade. O primeiro pode ser louvável, e em certos casos torna-se até mesmo um dever, se disso deve resultar um bem, e sem esse procedimento o mal nunca seria combatido na sociedade. Aliás, não deve o homem ajudar o progresso de seu semelhante? Não se deve, portanto, tomar este princípio no sentido amplo ilimitado: Não julgueis, se não quiserdes ser julgados, porque a letra mata e o espírito vivifica.

Não é possível que Jesus tenha proibido de se censurar o mal.

Em todas as oportunidades Ele o combateu energicamente. Quis nos ensinar que a autoridade da censura se dá em razão da autoridade moral daquele que a pronuncia. Se nos sentirmos culpados por aquilo que condenamos nos outros, não temos o direito de ter essa autoridade, e, ainda mais, usamos de forma injusta, caso o façamos, o direito de condenação. Além disso, a consciência íntima recusa todo respeito e toda obediência voluntária àquele que, estando investido de qualquer poder, não respeite as leis e os princípios que está encarregado de aplicar. Não há maior autoridade legítima aos olhos de Deus do que aquela que se apóia no exemplo que dá do bem. Isto é o que ressalta, de forma bem clara, nas palavras de Jesus.

GUARDEMOS O CUIDADO

“... mas nada é puro para os contaminados e infiéis.”

Paulo. (Tito, 1:15.)

O homem enxerga sempre através da visão interior.

Com as cores que usa por dentro, julga os aspectos de fora.

Pelo que sente, examina os sentimentos alheios.

Na conduta dos outros, supõe encontrar os meios e fins das ações que lhe são peculiares.

Daí o imperativo de grande vigilância para que a nossa consciência não se contamine pelo mal.

Quando a sombra vagueia em nossa mente, não vislumbramos senão sombras em toda parte.

Junto das manifestações do amor mais puro, imaginamos alucinações carnais.

Se encontramos um companheiro trajado com louvável apuro, pensamos em vaidade.

Ante o amigo chamado à carreira pública, mentalizamos a tirania política.

Se o vizinho sabe economizar com perfeito aproveitamento da oportunidade, fixamo-lo com desconfiança e costumamos tecer longas reflexões em torno de apropriações indébitas.

Quando ouvimos um amigo na defesa justa, usando a energia que lhe compete, relegamo-lo, de imediato, à categoria dos intratáveis.

Quando a treva se estende, na intimidade de nossa vida, deploráveis alterações nos atingem os pensamentos.

Virtudes, nessas circunstâncias, jamais são vistas. Os males, contudo, sobram sempre.

Os mais largos gestos de bênção recebem lastimáveis interpretações.

Guardemos cuidado toda vez que formos visitados pela inveja, pelo ciúme, pela suspeita ou pela maledicência.

Casos intrincados existem nos quais o silêncio é o remédio bendito e eficaz, porque, sem dúvida, cada espírito observa o caminho ou o caminheiro, segundo a visão clara ou escura de que dispõe.

Livro Fonte Viva – Emmanuel – Médium Chico Xavier.

domingo, 2 de janeiro de 2022

O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO

9. Por que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, vós que não vedes uma trave no vosso? Ou como dizeis ao vosso irmão: Deixai-me tirar um argueiro do vosso olho, vós que tendes uma trave no vosso? Hipócritas, retirai primeiramente a trave de vosso olho, e então vereis como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão. (Mateus, 7:3 a 5)

10. É uma insensatez dos homens ver o mal nos outros antes de ver aquele que está em nós próprios. Para julgar-se a si mesmo, seria preciso poder olhar seu íntimo num espelho, transportar-se de algum modo para fora de si, se isso fosse possível, e se considerar como uma outra pessoa, perguntando-se: O que eu pensaria se visse alguém fazendo o que faço? Indiscutivelmente o orgulho faz com que o homem disfarce seus próprios defeitos, tanto morais quanto físicos. Essa insensatez é totalmente contrária à caridade, pois a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente. A caridade orgulhosa é contrária ao bom-senso, já que esses dois sentimentos se neutralizam um ao outro.

De que maneira um homem bastante vaidoso por crer na importância de sua personalidade e na supremacia de suas qualidades pode ter ao mesmo tempo abnegação suficiente para fazer sobressair, nos outros, o bem que poderia ocultá-lo, em lugar de ressaltar o mal que poderia destacá-lo? O orgulho, além de ser o pai de muitos vícios, é também a negação de muitas virtudes. Encontramo-lo como base e como razão de quase todas as más ações. Eis porque Jesus se dedicou a combater o orgulho como principal obstáculo ao progresso.

BUSQUEMOS O MELHOR 

“Por que reparas o argueiro no olho de teu irmão?”

Jesus. (Mateus, 7:3.)

A pergunta do Mestre, ainda agora, é clara e oportuna.

Muitas vezes, o homem que traz o argueiro num dos olhos traz igualmente consigo os pés sangrando. Depois de laboriosa jornada na virtude, ele revela as mãos calejadas no trabalho e tem o coração ferido por mil golpes da ignorância e da inexperiência.

É imprescindível habituar a visão na procura do melhor, a fim de que não sejamos ludibriados pela malícia que nos é própria.

Comumente, pelo vezo de buscar bagatelas, perdemos o ensejo das grandes realizações.

Colaboradores valiosos e respeitáveis são relegados à margem por nossa irreflexão, em muitas circunstâncias simplesmente porque são portadores de leves defeitos ou de sombras insignificantes do pretérito, que o movimento em serviço poderia sanar ou dissipar.

Nódulos na madeira não impedem a obra do artífice e certos trechos empedrados do campo não conseguem frustrar o esforço do lavrador na produção da semente nobre.

Aproveitemos o irmão de boa-vontade, na plantação do bem, olvidando as insignificâncias que lhe cercam a vida.

Que seria de nós se Jesus não nos desculpasse os erros e as defecções de cada dia?

E se esperamos alcançar a nossa melhoria, contando com a benemerência do Senhor, por que negar ao próximo a confiança no futuro?

Consagremo-nos à tarefa que o Senhor nos reservou na edificação do bem e da luz e estejamos convictos de que, assim agindo, o argueiro que incomoda o olho do vizinho, tanto quanto a trave que nos obscurece o olhar, se desfarão espontaneamente, restituindo-nos a felicidade e o equilíbrio, através da incessante renovação.

Livro Fonte Viva – Emmanuel – Médium Chico Xavier.