domingo, 9 de janeiro de 2022

NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS.

11. Não julgueis, para não serdes julgados; pois sereis julgados conforme houverdes julgado os outros; e aplicar-se-á a vós, na mesma medida, aquilo que aplicastes contra eles. (Mateus, 7:1 e 2)

12. Então os escribas e os fariseus levaram-Lhe uma mulher que havia sido surpreendida em adultério, fizeram-na ficar de pé no meio do povo e disseram a Jesus: Mestre, esta mulher acaba de ser surpreendida em adultério. Moisés nos ordena, na lei, apedrejar as adúlteras. Qual é, portanto, vossa opinião a respeito disso? Eles diziam isso querendo tentá-Lo, a fim de ter do que acusá-Lo. Mas Jesus, abaixando-se, escrevia com seu dedo na areia. Como continuassem a interrogá-Lo, levantou-se e lhes disse: Aquele dentre vós que estiver sem pecado lhe atire a primeira pedra. Após isso, abaixou-se de novo e continuou a escrever na areia. Mas eles, o tendo ouvido falar assim, retiraram-se, um após o outro, os velhos saindo primeiro. E assim Jesus permaneceu sozinho com a mulher, que estava no meio da praça.

Então Jesus, levantando-se de novo, lhe disse: Mulher, onde estão os vossos acusadores? Ninguém vos condenou? Ela Lhe disse: Não, Senhor. Jesus lhe respondeu: Eu também não vos condenarei. Ide e, no futuro, não pequeis mais. (João, 8:3 a 11)

13. Aquele que estiver sem pecado, atire-lhe a primeira pedra. Com este ensinamento, Jesus faz do perdão um dever, pois não há ninguém que dele não tenha necessidade para si mesmo, e nos ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que julgaríamos a nós mesmos e nem condenar nos outros o que perdoaríamos em nós.

Antes de condenar uma falta de alguém, vejamos se a mesma reprovação não pode recair sobre nós.

A censura lançada sobre a conduta dos outros pode ser por dois motivos: reprimir o mal ou desacreditar a pessoa cujos atos estamos criticando. Este último motivo nunca tem desculpa, pois vem da maledicência e da maldade. O primeiro pode ser louvável, e em certos casos torna-se até mesmo um dever, se disso deve resultar um bem, e sem esse procedimento o mal nunca seria combatido na sociedade. Aliás, não deve o homem ajudar o progresso de seu semelhante? Não se deve, portanto, tomar este princípio no sentido amplo ilimitado: Não julgueis, se não quiserdes ser julgados, porque a letra mata e o espírito vivifica.

Não é possível que Jesus tenha proibido de se censurar o mal.

Em todas as oportunidades Ele o combateu energicamente. Quis nos ensinar que a autoridade da censura se dá em razão da autoridade moral daquele que a pronuncia. Se nos sentirmos culpados por aquilo que condenamos nos outros, não temos o direito de ter essa autoridade, e, ainda mais, usamos de forma injusta, caso o façamos, o direito de condenação. Além disso, a consciência íntima recusa todo respeito e toda obediência voluntária àquele que, estando investido de qualquer poder, não respeite as leis e os princípios que está encarregado de aplicar. Não há maior autoridade legítima aos olhos de Deus do que aquela que se apóia no exemplo que dá do bem. Isto é o que ressalta, de forma bem clara, nas palavras de Jesus.

GUARDEMOS O CUIDADO

“... mas nada é puro para os contaminados e infiéis.”

Paulo. (Tito, 1:15.)

O homem enxerga sempre através da visão interior.

Com as cores que usa por dentro, julga os aspectos de fora.

Pelo que sente, examina os sentimentos alheios.

Na conduta dos outros, supõe encontrar os meios e fins das ações que lhe são peculiares.

Daí o imperativo de grande vigilância para que a nossa consciência não se contamine pelo mal.

Quando a sombra vagueia em nossa mente, não vislumbramos senão sombras em toda parte.

Junto das manifestações do amor mais puro, imaginamos alucinações carnais.

Se encontramos um companheiro trajado com louvável apuro, pensamos em vaidade.

Ante o amigo chamado à carreira pública, mentalizamos a tirania política.

Se o vizinho sabe economizar com perfeito aproveitamento da oportunidade, fixamo-lo com desconfiança e costumamos tecer longas reflexões em torno de apropriações indébitas.

Quando ouvimos um amigo na defesa justa, usando a energia que lhe compete, relegamo-lo, de imediato, à categoria dos intratáveis.

Quando a treva se estende, na intimidade de nossa vida, deploráveis alterações nos atingem os pensamentos.

Virtudes, nessas circunstâncias, jamais são vistas. Os males, contudo, sobram sempre.

Os mais largos gestos de bênção recebem lastimáveis interpretações.

Guardemos cuidado toda vez que formos visitados pela inveja, pelo ciúme, pela suspeita ou pela maledicência.

Casos intrincados existem nos quais o silêncio é o remédio bendito e eficaz, porque, sem dúvida, cada espírito observa o caminho ou o caminheiro, segundo a visão clara ou escura de que dispõe.

Livro Fonte Viva – Emmanuel – Médium Chico Xavier.

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