terça-feira, 8 de agosto de 2017

AS TRÊS REVELAÇOES - MOISÉS




1. “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas, não vim destruí-los, mas dar-lhes cumprimento. Eu vos digo em verdade que o Céu e a Terra não passarão antes que tudo o que está na lei seja cumprido completamente, até o último jota e o último ponto.” (Mateus, 5:17 e 18)

2 A lei de Moisés é composta por duas partes distintas: a lei de Deus, recebida no Monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida pelo próprio Moisés. A lei de Deus é inalterável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo.

A lei de Deus está formulada nos seguintes dez mandamentos:
1. Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses estrangeiros diante de mim. Não farás imagem talhada, nem figura nenhuma de tudo o que está no Céu e na Terra, nem de tudo o que está nas águas e debaixo da terra. Não os adorarás, nem lhes renderás cultos soberanos.
2. Não tomarás em vão o nome do Senhor, teu Deus.
3. Lembra-te de santificar o dia de sábado.
4. Honra a teu pai e à tua mãe, a fim de viveres muito tempo na Terra que o Senhor teu Deus te dará.
5. Não matarás.
6. Não cometerás adultério.
7. Não roubarás.
8. Não prestarás falso testemunho contra o teu próximo.
9. Não desejarás a mulher de teu próximo.
10. Não desejarás a casa de teu próximo, nem seu servo, ou serva, nem seu boi, seu asno, ou qualquer outra coisa que lhe pertença.
Esta é a lei de todos os tempos e de todos os países e que, por isso mesmo, tem um caráter divino. Todas as outras são leis estabelecidas por Moisés, que se via obrigado a conter pelo temor um povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha de combater os abusos e os preconceitos enraizados adquiridos durante a época da escravidão no Egito. Para dar autoridade às suas leis, ele atribuiu-lhes origem divina, assim como o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos: a autoridade do homem precisava se apoiar sobre a autoridade de Deus.
Mas apenas a ideia de um Deus terrível podia impressionar homens ignorantes, nos quais o sentido moral e o sentimento de uma delicada justiça ainda estavam pouco desenvolvidos. É evidente que aquele que tinha incluído entre os seus mandamentos: Não matarás; não farás mal a teu próximo, não poderia se contradizer fazendo do extermínio um dever.
As leis mosaicas, propriamente ditas, tinham, portanto, um caráter essencialmente transitório.

A LEI MOSAICA

A lei mosaica foi a precursora direta do Evangelho de Jesus. O protegido de Termutis, depois de se beneficiar com a cultura que o Egito lhe podia prodigalizar, foi inspirado a reunir todos os elementos úteis à sua grandiosa missão, vulgarizando o monoteísmo e estabelecendo o Decálogo, sob a inspiração divina, cujas determinações são até hoje a edificação basilar da Religião da Justiça e do Direito, se bem que as doutrinas antigas já tivessem arraigado a crença de Deus único, sendo o politeísmo apenas uma questão simbológica, apta a satisfazer à mentalidade geral.
A legislação de Moisés está cheia de lendas e de crueldades compatíveis com a época, mas, escoimada de todos os comentários fabulosos a seu respeito, a sua figura é, de fato, a de um homem extraordinário, revestido dos mais elevados poderes espirituais. Foi o primeiro a tornar acessíveis às massas populares os ensinamentos somente conseguidos à custa de longa e penosa iniciação, com a síntese luminosa de grandes verdades.

(Termutis foi filha de Ramsés II. Segundo a tradição, ela a filha do faraó que, de acordo com a Bíblia, encontrou Moisés, profeta israelita, que fora colocado num cesto no rio Nilo por sua mãe, Joquebede.)

Livro Emmanuel – Chico Xavier – Pelo Espírito Emmanuel

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