segunda-feira, 5 de novembro de 2018

O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO


9. Por que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, vós que não vedes uma trave no vosso? Ou como dizeis ao vosso irmão: Deixai-me tirar um argueiro do vosso olho, vós que tendes uma trave no vosso? Hipócritas, retirai primeiramente a trave de vosso olho, e então vereis como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão. (Mateus, 7:3 a 5)
10. É uma insensatez dos homens ver o mal nos outros antes de ver aquele que está em nós próprios. Para julgar-se a si mesmo, seria preciso poder olhar seu íntimo num espelho, transportar-se de algum modo para fora de si, se isso fosse possível, e se considerar como uma outra pessoa, perguntando-se: O que eu pensaria se visse alguém fazendo o que faço? Indiscutivelmente o orgulho faz com que o homem disfarce seus próprios defeitos, tanto morais quanto físicos. Essa insensatez é totalmente contrária à caridade, pois a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente. A caridade orgulhosa é contrária ao bom-senso, já que esses dois sentimentos se neutralizam um ao outro.
De que maneira um homem bastante vaidoso por crer na importância de sua personalidade e na supremacia de suas qualidades pode ter ao mesmo tempo abnegação suficiente para fazer sobressair, nos outros, o bem que poderia ocultá-lo, em lugar de ressaltar o mal que poderia destacá-lo? O orgulho, além de ser o pai de muitos vícios, é também a negação de muitas virtudes. Encontramo-lo como base e como razão de quase todas as más ações. Eis porque Jesus se dedicou a combater o orgulho como principal obstáculo ao progresso.

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