segunda-feira, 29 de julho de 2019

FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO. FORA DA VERDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO


8. Enquanto o ensinamento moral: fora da caridade não há salvação se apoia num princípio universal e abre a todos os filhos de Deus o acesso à suprema felicidade, o dogma fora da Igreja não há salvação se apoia não na fé fundamental em Deus e na imortalidade da alma, fé comum a todas as religiões, mas numa fé especial em dogmas particulares; é separatista e incontestável. Ao invés de unir os filhos de Deus, divide-os; ao invés de estimulá-los ao amor fraterno, mantém e deixa evidente o rancor entre os seguidores de diferentes cultos, que se consideram reciprocamente como malditos na eternidade, ainda que eles sejam parentes ou amigos neste mundo. Desprezando a grande lei de igualdade diante do túmulo, separa-os até mesmo no cemitério. O ensinamento moral: fora da caridade não há salvação, consagra o princípio de igualdade perante Deus e da liberdade de consciência; tendo como norma que todos os homens são irmãos, seja qual for sua maneira de adorar ao Criador, eles se estendem as mãos e oram uns pelos outros. Com o dogma: fora da Igreja não há salvação, eles se amaldiçoam, se perseguem e vivem como inimigos; o pai não ora por seu filho, nem o filho pelo pai, nem o amigo pelo amigo, por julgarem-se mutuamente condenados, para sempre. Este dogma da Igreja é, portanto, essencialmente contrário aos ensinamentos do Cristo e à lei evangélica.
9. Fora da verdade não há salvação equivaleria a: fora da Igreja não há salvação, e seria também exclusivo, pois não existe uma única seita que não pretenda ter o privilégio da verdade. Qual é o homem que pode se vangloriar de possuí-la integralmente, se a área dos conhecimentos cresce sem cessar e as ideias evoluem a cada dia? A verdade absoluta é apenas acessível aos Espíritos da mais elevada ordem, e a Humanidade terrena não poderia pretender possuí-la, pois não lhe é permitido saber tudo; ela pode apenas conhecer uma verdade relativa e proporcional ao seu adiantamento. Se Deus tivesse feito da posse da verdade absoluta a condição expressa da felicidade futura, isso seria como um decreto de proscrição (banimento) geral, enquanto a caridade, até mesmo no seu sentido mais amplo, pode ser praticada por todos.
O Espiritismo, de acordo com o Evangelho, admitindo que se pode ser salvo seja qual for a crença, contanto que se observe a Lei de Deus, não diz: fora do Espiritismo não há salvação e, como ele não pretende ensinar ainda toda a verdade, também não diz: fora da verdade não há salvação, o que dividiria ao invés de unir e tornaria eternos os antagonismos, isto é, as rivalidades.

Verdade e crença

“E se vos digo a verdade, por que não credes?” – Jesus
(João, 8: 46)

Jesus lecionou a verdade em todas as situações da peregrinação messiânica.
A todos concedeu amor puro, bênçãos de luz e bens para a Eternidade.
Provou com os próprios testemunhos a excelência de seus ensinos...
Ministrou a caridade simples e natural, sem melindrar ou ferir...
A cada qual apontou a lógica real das circunstâncias da vida...
A ninguém enganou...
Não sofismou por nenhuma razão...
Perdoou sem apresentar condições...
Cedeu a benefício de todos.
Não temeu, nem vacilou ao indicar a realidade, nem fugiu de demonstrá-la no próprio exemplo.
Não aguardou bonificações: serviu sempre.
De ninguém reclamou: sacrificou a si mesmo.
Não permaneceu em posição de neutralidade: definiu-se.
Cabe, portanto, a quem recolhe os dons divinos da claridade evangélica amar e perdoar, construindo o bem e a paz, esposando ostensivamente a Vida Cristã, na elucubração da teoria e no esforço da aplicação.
Se possuímos a luz da verdade, por que não lhe seguir a rota de luz?

Livro O Espírito Verdade – Médium Chico Xavier – Espírito Emmanuel.

domingo, 21 de julho de 2019

NECESSIDADE DA CARIDADE SEGUNDO SÃO PAULO


6. Ainda que eu fale as línguas dos homens e até mesmo a língua dos anjos, se não tiver caridade, sou apenas como um metal que soa e um sino que tine; e ainda que tivesse o dom de profecia, e penetrasse em todos os mistérios, e tivesse uma perfeita ciência de todas as coisas; e se tivesse toda a fé possível, capaz de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada serei. E quando tivesse distribuído meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, tudo isso de nada me servirá.
A caridade é paciente, é doce e benigna; a caridade não é invejosa, não é temerária e precipitada; não se enche de orgulho, não é desdenhosa; não procura seus próprios interesses; não se vangloria e não se irrita com nada; não suspeita mal, não se alegra com a injustiça, e sim com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera e tudo sofre.
Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas entre elas, a mais excelente é a caridade. (Paulo, 1ª. Epístola aos Coríntios, 13:1 a 7, 13.)
7. O apóstolo Paulo compreendeu tão claramente esta grande verdade que disse: Ainda que eu tivesse a linguagem dos anjos; e ainda que tivesse o dom de profecia, e penetrasse em todos os mistérios; e ainda que tivesse toda fé possível capaz de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada serei. Destas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade. Coloca assim, com clareza, a caridade até mesmo acima da fé, porque a caridade está ao alcance de todos: do inculto, do sábio, do rico e do pobre, e é independente de toda crença particular. E faz mais: define a verdadeira caridade; mostra-a não apenas na beneficência, como também no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.

DIANTE DO BEM

Diante de cada dia que surge, reflitamos na edificação do bem a que somos chamados.
Para isso, comecemos abençoando pessoas e acontecimentos, circunstâncias e coisas, para que o melhor se realize.
De principio costumam reportar no cotidiano os problemas triviais do instituto doméstico. Habilmente aparece o assunto palpitante da hora, solicitando-nos atenção. Saibamos subtrair-lhe a sombra provável projetando nele a réstia de luz que sejamos capazes de improvisar. Logo após, de imediato, estamos quase sempre defrontados pelos contratempos de ordem familiar.
Renteando com eles, usemos o verbo calmante e conciliador para que as engrenagens do lar funcionem lubrificadas em bálsamos de harmonia.
Mais adiante é o grupo de trabalho com os pontos fracos à mostra.
Abracemos com paciência e alegria as tarefas excedentes que nos imponha, esquecendo essas ou àquelas falhas dos companheiros e trazendo a nós sem queixa ou censura a obrigação que ficou por fazer. Em seguida é o campo vasto das relações, com as surpresas menos felizes que sobrevenham: o amigo modificado, a trama da incompreensão, a atitude mal interpretada, o irmão que se vai para longe de nós...
A cada ocorrência menos agradável procuremos responder com os nossos mais altos recursos de entendimento, justificando o amigo que se transforma, desfazendo sem mágoa o emaranhado das trevas, removendo equívocos em pauta e apoiando o colega que se afasta, oferecendo-lhe a íntima certeza com referência à continuidade de nossa estima. Tudo que existe é peça da vida, e se aqui ou além, a deficiência aparece, isso significa que a obra do bem, nessa ou naquela peça da vida está pedindo a nossa colaboração a fim de que lhe doemos o pedaço do bem, que por ventura ainda lhe falte.

Livro Mãos Unidas – Médium Chico Xavier – Espírito Emmanuel.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

O MAIOR MANDAMENTO


4. Mas os fariseus, ao verem que Jesus tinha feito calar a boca dos saduceus, reuniram-se, e um deles, que era doutor da lei, veio fazer essa pergunta para tentá-Lo: Mestre, qual é o grande mandamento da lei? Jesus lhe respondeu: Amareis ao Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma, e de todo o vosso Espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. E eis o segundo, que lhe é semelhante: Amareis ao vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos. (Mateus, 22:34 a 40)
5. Caridade e humildade, eis portanto o único caminho para a salvação; egoísmo e orgulho, eis o caminho da perdição. Este ensinamento está formulado em termos precisos nestas palavras: Amareis a Deus de toda vossa alma e ao vosso próximo como a vós mesmos; toda lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos.
Jesus, para que não houvesse dúvidas na interpretação do amor a Deus e ao próximo, acrescentou: E eis o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro, isto é: não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar ao próximo, nem amar ao próximo sem amar a Deus.
Portanto, tudo o que se faz contra o próximo, é o mesmo que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos neste ensinamento moral: Fora da caridade não há salvação.

A ESMOLA MAIOR

"Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus”.
JOÃO. (I João, 4:7.).

No estudo da caridade, não olvides a esmola maior que o dinheiro não consegue realizar.
Ela é o próprio coração a derramar-se, irradiando o amor por sol envolvente da vida.
No lar, ela surge no sacrifício silencioso da mulher que sabe exercer o perdão sem alarde para com as faltas do companheiro; na renúncia materno do coração que se oculta, aprendendo a morrer cada dia, para que a paz e a segurança imperem no santuário doméstico; no homem reto que desculpa as defecções da esposa enganada sem cobrar-lhe tributos de aflição; nos filhos laboriosos e afáveis que procuram retribuir em ternura incessante para com os pais sofredores as dívidas do berço que todo ouro da terra não conseguiria jamais resgatar.
No ambiente profissional é o esquecimento espontâneo das ofensas entre os que dirigem e os que obedecem, tanto quanto o concurso desinteressado e fraterno dos companheiros que sabem sorrir nas horas graves ofertando cooperação e bondade para que o estímulo ao bem seja o clima de quantos lhes comungam a experiência.
No campo social é a desistência da pergunta maliciosa; a abstenção dos pensamentos indignos; o respeito sincero e constante; a frase amiga e generosa; e o gesto de compreensão que se exprime sem paga.
Na via pública é a gentileza que ninguém pede; a simplicidade que não magoa; a saudação de simpatia ainda mesmo inarticulada e a colaboração imprevista que o necessitado espera de nós muita vez sem coragem de endereçar-nos qualquer apelo.
Acima de tudo, lembra-te da esmola maior de todas, da esmola santa que pacifica o ambiente em que o Senhor situa, que nos honra os familiares e enriquece de bênçãos o ânimo dos amigos, a esmola de nosso dever cumprido, porquanto, no dia em que todos nos consagrarmos ao fiel desempenho das próprias obrigações o anjo da caridade não precisará desfalecer de angústia nos cárceres das provações terrenas, de vez que a fraternidade estará reinando conosco na exaltação da perfeita alegria.

Livro Ceifa de Luz – Médium Chico Xavier – Espírito Emmanuel.

segunda-feira, 8 de julho de 2019

O QUE É PRECISO PARA SER SALVO. PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO


1. Portanto, quando o Filho do homem vier em sua majestade acompanhado de todos os anjos, se sentará sobre o trono de sua glória; e, todas as nações estando reunidas perante ele, separará uns dos outros, como um pastor separa as ovelhas dos cabritos, e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
Então o Rei dirá àqueles que estiverem à sua direita: Vinde, vós que fostes abençoados por meu Pai, possuí o reino que vos foi preparado desde o início do mundo; pois tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; tive necessidade de abrigo e me abrigastes; estive nu e me vestistes; estive doente e fostes me visitar; estive na prisão e viestes me ver.
Então os justos perguntarão: Senhor, quando vos vimos faminto e vos demos de comer, ou que tivestes sede e vos demos de beber? Quando vos vimos sem abrigo e vos abrigamos e sem roupas e vos vestimos? E quando vos vimos doente ou na prisão e que fomos vos visitar? E o Rei responderá a eles: Eu vos digo em verdade que, todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes. Ele dirá em seguida àqueles que estiverem à sua esquerda: Separai-vos de mim, malditos; ide ao fogo eterno, que foi preparado para o diabo e para seus anjos; pois tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; tive necessidade de abrigo e não me abrigastes; estive sem roupas e não me vestistes; estive doente e na prisão e não me visitastes.
Então, eles assim responderão: Senhor, quando vos vimos ter fome, ter sede, ou estar sem abrigo, sem roupas, ou doente ou na prisão, e que não vos assistimos? Mas ele responderá: Eu vos digo em verdade que, todas as vezes que deixastes de dar assistência a um desses pequeninos, deixastes de fazê-lo a mim mesmo.
E então estes irão para o suplício eterno, e os justos para a vida eterna. (Mateus, 25:31 a 46)
2. Então um doutor da lei, se levantando, disse-Lhe para tentá-Lo: Mestre, o que devo fazer para possuir a vida eterna? Jesus lhe respondeu: O que está escrito na lei? Como lês? Ele Lhe respondeu: Amareis ao Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda  a vossa alma, de todas as vossas forças e de todo o vosso Espírito, e vosso próximo como a vós mesmos. Jesus lhe disse: Respondestes muito bem; fazei isso e vivereis.
Mas este homem, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é meu próximo? E Jesus, tomando a palavra, lhe disse: Um homem que descia de Jerusalém a Jericó caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram, cobriram-no de feridas e deixaram-no meio morto. E eis que de repente um sacerdote passava pelo mesmo caminho e que, tendo-o notado, passou bem longe. Um levita, que também vinha pelo mesmo lugar, vendo-o, também passou longe. Mas um samaritano que viajava, passando pelo lugar onde estava esse homem, e tendo-o visto, ficou tomado por compaixão. Aproximou-se então dele, passou azeite e vinho em suas feridas, e as enfaixou; e, pondo-o sobre seu cavalo, levou-o a uma estalagem e tomou conta dele. No dia seguinte, tirou duas moedas, que deu ao hospedeiro, e lhe disse: Cuidai bem deste homem, e tudo o que gastardes a mais, eu vos restituirei em minha volta.
Qual destes três vos parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões? O doutor Lhe respondeu: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Ide, pois, lhe disse Jesus, e fazei o mesmo. (Lucas, 10:25 a 37)
3. Toda moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, ou seja, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinamentos, mostra estas virtudes como sendo o caminho da felicidade eterna: Bem-aventurados – disse Ele – os pobres de espírito, ou seja, os humildes, pois é deles o reino dos Céus; bem aventurados aqueles que têm o coração puro; bem-aventurados aqueles que são mansos e pacíficos; bem-aventurados aqueles que são misericordiosos; amai ao vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que gostaríeis que vos fizessem; amai aos vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoados; fazei o bem com discrição; julgai a vós mesmos antes de julgardes os outros. Humildade e caridade, eis o que Ele não cessa de recomendar e exemplificar. Orgulho e egoísmo, eis o que não se cansa de combater. E faz mais do que recomendar a caridade, coloca-a claramente, e em termos bem definidos, como a condição absoluta da felicidade futura.
No quadro em que Jesus nos mostra o julgamento final é preciso, como em muitas outras coisas, separar o que pertence à linguagem figurada, à alegoria. A homens como estes a quem falava, ainda incapazes de compreender as questões puramente espirituais, devia apresentar imagens materiais chocantes, surpreendentes e capazes de impressionar; para melhor serem aceitas, devia mesmo não se afastar das ideias do seu tempo, quanto à forma, reservando sempre para o futuro a verdadeira interpretação de suas palavras e dos pontos sobre os quais não podia explicar-se claramente. Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma ideia dominante: a da felicidade reservada ao justo e a da infelicidade que espera o mau.
Naquele julgamento supremo, quais são as razões em que se baseia a sentença? No que se baseia o inquérito? O juiz pergunta se foram atendidas estas ou aquelas formalidades, observadas estas ou aquelas práticas exteriores? Não, ele pergunta apenas sobre uma coisa – a prática da caridade – e se pronuncia dizendo: “Vós, que socorrestes vossos irmãos, passai à direita; vós, que fostes duros para com eles, passai à esquerda”. Indaga pela ortodoxia da fé? Faz diferença entre aquele que crê de uma maneira e o que crê de outra? Não; pois Jesus coloca o samaritano, tido como herético, mas que tem amor ao próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade. Jesus não põe a caridade apenas como uma das condições da salvação e, sim, a condição única. Se houvesse outras a serem consideradas, Ele as teria mencionado. Se coloca a caridade como a primeira das virtudes, é que dela fazem parte, necessariamente, todas as outras: a humildade, a doçura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc.; e porque ela é totalmente oposta ao orgulho e ao egoísmo.

EXAMINA-TE

“Nada faças por contenda ou por vanglória, mas por humildade.” -
Paulo. (FILIPENSES, capítulo 2, versículo 3.)

O serviço de Jesus é infinito. Na sua órbita, há lugar para todas as criaturas e para todas as ideias sadias em sua expressão substancial.
Se, na ordem divina, cada árvore produz segundo a sua espécie, no trabalho cristão, cada discípulo contribuirá conforme sua posição evolutiva.
A experiência humana não é uma estação de prazer. O homem permanece em função de aprendizado e, nessa tarefa, é razoável que saiba valorizar a oportunidade de aprender, facilitando o mesmo ensejo aos semelhantes.
O apóstolo Paulo compreendeu essa verdade, afirmando que nada deveremos fazer por espírito de contenda e vanglória, mas, sim, por ato de humildade.
Quando praticares alguma ação que ultrapasse o quadro das obrigações diárias, examina os móveis que a determinaram. Se resultou do desejo injusto de supremacia, se obedeceu somente à disputa desnecessária, cuida de teu coração para que o caminho te seja menos ingrato. Mas se atendeste ao dever, ainda que hajas sido interpretado como rigorista e exigente, incompreensivo e infiel, recebe as observações indébitas e passa adiante.
Continua trabalhando em teu ministério, recordando que, por servir aos outros, com humildade, sem contendas e vanglórias, Jesus foi tido por imprudente e rebelde, traidor da lei e inimigo do povo, recebendo com a cruz a coroa gloriosa.

Livro Caminho, Verdade e Vida – Médium Chico Xavier – Espírito Emmanuel.