domingo, 1 de setembro de 2019

PARÁBOLA DO MAU RICO


5. Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho, e que se cuidava magnificamente todos os dias. Havia também um mendigo chamado Lázaro, deitado à sua porta, todo coberto de chagas, que desejava saciar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; mas ninguém lhe dava nada, e os cães vinham lamber-lhe as chagas. Aconteceu que esse mendigo morreu, e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. O rico também morreu, e foi sepultado no inferno. E quando estava nos tormentos, levou os olhos ao alto e viu de longe Abraão e Lázaro em seu seio; e gritando, disse estas palavras: Meu Pai, tende piedade de mim, e enviai-me Lázaro, a fim de que ele molhe a ponta de seu dedo na água para refrescar minha língua, pois sofro extremos tormentos nesta chama.
Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembrai-vos de que recebestes vossos bens em vida, e que Lázaro somente recebeu males; por isso está agora na consolação, e vós, nos tormentos. E além disso, está firmado um grande abismo entre nós e vós; de maneira que aqueles que querem passar daqui para onde estais não o podem, como não se pode passar daí para cá.
O rico lhe disse: Eu vos suplico que o mandeis à casa de meu pai, onde tenho cinco irmãos, a fim de que lhes dê testemunho, para que eles também não venham para este lugar de tormentos. Abraão lhe disse: Eles têm Moisés e os profetas; que eles os ouçam. Mas o rico respondeu: Meu pai, se algum dos mortos for encontrá-los, farão penitência. Abraão lhe respondeu: Se eles não ouvem nem a Moisés nem aos profetas, não acreditarão em mais nada, ainda que algum dos mortos ressuscite. (Lucas, 16:19 a 31)

EM TORNO DA HUMILDADE

"Toda boa dádiva a todo Dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança”. - TIAGO. (Tiago, 1:17.).

Afinal, que possuímos que não devemos a Deus?
A própria vida de que dispomos se reveste de tanta grandeza e de tanta complexidade, que só a loucura ou a ignorância não reconhecem a Divina Sabedoria em seus fundamentos.
Para a consideração disso, basta que o homem reflita no usufruto inegável de que se vale na mobilização dos bens que o felicitam no mundo.
O corpo que lhe serve de transitória moradia é uma doação dos Poderes Superiores, por intermédio do santuário genético das criaturas.
Os familiares se lhe erigem como sendo apoios de empréstimo.
A inteligência se lhe condiciona a determinados fatores de expressão.
O ar que respira é patrimônio de todos.
As conquistas da ciência, sobre as quais baseia o progresso, são realizações corretas, mas provisórias, porquanto se ampliam consideravelmente, de século para século.
Os seus elementos de trabalho são alteráveis de tempo a tempo.
A saúde física é uma dádiva em regime de comodato.
A fortuna é um depósito a título precário.
A autoridade é uma delegação de competência, obviamente transferível.
Os amigos são mutáveis na troca incessante de posições, pela qual são frequentemente chamados a prestação de serviço, segundo os ditames que os princípios de aperfeiçoamento ou de evolução lhes indiquem.
Os próprios adversários, a quem devemos preciosos avisos, são substituídos periodicamente.
Os mais queridos objetos de uso pessoal passam de mão em mão.
Em qualquer plano ou condição de existência, estamos subordinados à lei da renovação. À vista disso, sempre que nos vejamos inclinados a envaidecer-nos por alguma coisa, recordemos que nos achamos inelutavelmente ligados à Vida de Deus que, a benefício de nossa própria vida, ainda hoje tudo pode rearticular, refundir, refazer ou modificar.

Livro Ceifa de Luz – Médium Chico Xavier – Espírito Emmanuel.

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