domingo, 29 de agosto de 2021

O QUE É PRECISO ENTENDER POR POBRES DE ESPÍRITO

1. Bem-aventurados os pobres de espírito, pois deles é o reino dos Céus. (Mateus, 5:3)

2. A incredulidade zomba deste ensinamento moral: Bem-aventurados os pobres de espírito, como tem zombado de outras afirmativas de Jesus, por não as entender. Por pobres de espírito Jesus não se refere aos homens desprovidos de inteligência, mas sim aos humildes. Ele disse que é deles o reino dos Céus e não dos orgulhosos.

Os homens de ciência e de cultura, segundo o mundo, geralmente têm uma opinião tão elevada de si mesmos e de sua superioridade que olham as coisas divinas como desprezíveis para merecer sua atenção. Preocupados somente com eles mesmos, em suas vaidades não podem se elevar até Deus. Essa tendência de se acreditarem superiores a tudo e a todos os leva a negar forçosamente o que, estando acima deles, poderia rebaixá-los e a negar até mesmo a Divindade. Se consentem em admiti-la, negam-lhe um de seus mais belos dons divinos: sua ação providencial sobre as coisas deste mundo, convencidos de que só eles já bastam para bem governá-lo. Consideram sua inteligência como se fosse a medida da inteligência universal e, julgando-se aptos a entender tudo, não crêem na possibilidade daquilo que não entendem e, quando opinam sobre alguma coisa, consideram os seus julgamentos como definitivos e inapeláveis, ou seja, indiscutíveis.

Quando se recusam a admitir o mundo invisível e um poder extra-humano, não é porque isso esteja acima de sua capacidade de entendimento, mas porque seu orgulho se revolta contra a ideia de que haja alguma coisa acima da qual não se possam colocar e que os faria descer do seu pedestal. É por isso que apenas têm sorrisos de desdém por tudo o que não é do mundo físico e visível. Eles se atribuem grande cultura e ciência para acreditarem nessas coisas, que pensam ser boas, segundo eles, para as pessoas simples, considerando aqueles que as levam a sério como pobres de espírito.

Entretanto, digam o que disserem, forçosamente entrarão, como todos os outros, no mundo invisível que ridicularizam. É aí que seus olhos serão abertos e que reconhecerão seu erro. Porém Deus, que é justo, não pode receber da mesma maneira aquele que desconheceu a sua majestade e aquele que se submeteu humildemente às suas leis, nem dar a ambos um tratamento igual.

Ao dizer que o reino dos Céus é para os simples, Jesus quer dizer que ninguém é lá admitido sem a simplicidade do coração e a humildade de espírito; que o inculto que possui estas qualidades será preferido e não o sábio que acredita mais em si mesmo do que em Deus. Jesus sempre colocou a humildade entre as virtudes que nos aproximam de Deus e o orgulho entre os vícios que nos distanciam d’Ele. Isso ocorre por uma razão muito natural: enquanto a humildade é um ato de submissão a Deus, o orgulho é uma revolta contra Ele.

Mais vale, pois, para a felicidade futura do homem ser pobre de espírito, no sentido do mundo, e rico de qualidades morais.

BOA-VONTADE

“Vede prudentemente como andais.”

Paulo. (EFÉSIOS, Capítulo 5, Versículo 15.)

Boa-vontade descobre trabalho.

Trabalho opera a renovação.

Renovação encontra o bem.

O bem revela o espírito de serviço.

O espírito de serviço alcança a compreensão.

A compreensão ganha humildade.

A humildade conquista o amor.

O amor gera a renúncia.

A renúncia atinge a luz.

A luz realiza o aprimoramento próprio.

O aprimoramento próprio santifica o homem.

O homem santificado converte o mundo para Deus.

Caminhando prudentemente, pela simples boa-vontade a criatura alcançará o Divino Reino da Luz.

Livro Pão Nosso – Espírito Emmanuel – Médium Chico Xavier.

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