domingo, 7 de agosto de 2022

O MAIOR MANDAMENTO

4. Mas os fariseus, ao verem que Jesus tinha feito calar a boca dos saduceus, reuniram-se, e um deles, que era doutor da lei, veio fazer essa pergunta para tentá-Lo: Mestre, qual é o grande mandamento da lei? Jesus lhe respondeu: Amareis ao Senhor vosso Deus de todo o vosso coração, de toda a vossa alma, e de todo o vosso Espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. E eis o segundo, que lhe é semelhante: Amareis ao vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos. (Mateus, 22:34 a 40)

5. Caridade e humildade, eis portanto o único caminho para a salvação; egoísmo e orgulho, eis o caminho da perdição. Este ensinamento está formulado em termos precisos nestas palavras: Amareis a Deus de toda vossa alma e ao vosso próximo como a vós mesmos; toda lei e os profetas estão contidos nesses dois mandamentos.

Jesus, para que não houvesse dúvidas na interpretação do amor a Deus e ao próximo, acrescentou: E eis o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro, isto é: não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar ao próximo, nem amar ao próximo sem amar a Deus.

Portanto, tudo o que se faz contra o próximo, é o mesmo que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos neste ensinamento moral: Fora da caridade não há salvação. 

O NOVO MANDAMENTO

“Um novo mandamento vos dou: que vos ameia uns aos outros,

como eu vos amei.” — Jesus. (JOÃO, capítulo 13, versículo 34.)

A leitura despercebida do texto induziria o leitor a sentir nessas palavras do Mestre absoluta identidade com o seu ensinamento relativo à regra áurea, entretanto, é preciso salientar a diferença.

O “amai a teu próximo como a ti mesmo” é diverso do “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei”.

O primeiro institui um dever, em cuja execução não é razoável que o homem cogite da compreensão alheia. O aprendiz amará o próximo como a si mesmo.

Jesus, porém, engrandeceu a fórmula, criando o novo mandamento na comunidade cristã. O Mestre refere-se a isso na derradeira reunião com os amigos queridos, na intimidade dos corações.

A recomendação “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei” assegura o regime da verdadeira solidariedade entre os discípulos, garante a confiança fraternal e a certeza do entendimento recíproco.

Em todas as relações comuns, o cristão amará o próximo como a si mesmo, reconhecendo, contudo, que no lar de sua fé conta com irmãos que se amparam efetivamente uns aos outros.

Esse é o novo mandamento que estabeleceu a intimidade legítima entre os que se entregaram ao Cristo, significando que, em seus ambientes de trabalho, há quem se sacrifique e quem compreenda o sacrifício, quem ame e se sinta amado, quem faz o bem e quem saiba agradecer.

Em qualquer círculo do Evangelho, onde essa característica não assinala as manifestações dos companheiros entre si, os argumentos da Boa Nova podem haver atingido os cérebros indagadores, mas ainda não penetraram o santuário dos corações. 

Livro Caminho, verdade e vida – Espírito Emmanuel – Médium Chico Xavier. 

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