domingo, 22 de janeiro de 2023

NEM TODOS AQUELES QUE DIZEM: SENHOR! SENHOR! ENTRARÃO NO REINO DOS CÉUS.

6. Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos Céus; mas apenas entrará aquele que faz a vontade de meu pai que está nos Céus. Muitos me dirão: Senhor! Senhor! Não profetizamos em vosso nome? Não expulsamos os demônios em vosso nome, e não fizemos diversos milagres em vosso nome? E então lhes direi em voz alta: Afastai-vos de mim, vós que cometeis atos de iniquidade. (Mateus, 7:21 a 23)

7. Todo aquele que ouvir estas palavras que Eu digo e as praticar, será comparado a um homem sábio que construiu sua casa sobre a rocha; e quando a chuva caiu, e os rios transbordaram, e os ventos sopraram e se abateram sobre esta casa, ela não caiu, pois foi fundada sobre a rocha. Mas todo aquele que ouve estas palavras que Eu digo e não as pratica, será como o homem insensato que construiu sua casa sobre a areia; e quando a chuva veio, e os rios transbordaram, e os ventos sopraram e se abateram sobre essa casa, ela então desmoronou e foi grande a sua ruína. (Mateus 7:24 a 27; Lucas, 6:46 a 49)

8. Aquele, pois, que violar um desses menores mandamentos, e que ensinar aos homens a violá-los, será tido como o último no reino dos Céus; porém, aquele que os cumprir e ensinar, será grande no reino dos Céus. (Mateus, 5:19)

9. Todos aqueles que reconhecem a missão de Jesus dizem: Senhor! Senhor! Mas de que serve chamá-Lo de Mestre ou Senhor se seus ensinamentos não são seguidos? São cristãos aqueles que o honram por seus atos exteriores de devoção e o sacrificam, ao mesmo tempo, no altar do orgulho, do egoísmo, da ambição e de todas as paixões? São seus discípulos aqueles que passam dias orando e não são nem melhores, nem mais caridosos, nem mais indulgentes para com seus semelhantes? Não, porque, assim como os fariseus, têm a prece nos lábios e não no coração. Com a forma cerimonial podem impor-se aos homens, mas não a Deus. É em vão que dirão a Jesus: “Senhor, profetizamos, ou seja, ensinamos em vosso nome; expulsamos os demônios em vosso nome; bebemos e comemos convosco”; Ele responderá: “Não sei quem sois; afastai-vos de mim, vós que cometeis iniquidades, vós que desmentis as vossas palavras com as vossas ações, que caluniais vosso próximo, que espoliais as viúvas e cometeis adultério; afastai-vos de mim, vós cujo coração destila ódio e fel, vós que derramais o sangue de vossos irmãos em meu nome, que fazeis correr as lágrimas ao invés de secá-las. Para vós, haverá choro e ranger de dentes, pois o reino de Deus é para aqueles que são dóceis, humildes e caridosos. Não espereis dobrar a justiça do Senhor pela multiplicidade de vossas palavras e vossas genuflexões; o único caminho que está aberto para vós, para encontrar a graça perante Ele, é a prática sincera da lei do amor e da caridade.”

As palavras de Jesus são eternas, pois são a verdade. Elas são não somente a salvaguarda da vida celeste como também são a garantia da paz, da tranquilidade e da estabilidade para os homens nas coisas da vida terrena. Eis por que todas as instituições humanas, políticas, sociais e religiosas que se apoiarem nas suas palavras serão estáveis como a casa construída sobre a rocha, e os homens as conservarão, pois nelas encontrarão a felicidade; mas as que, porém, forem violação daquelas palavras, serão como a casa construída sobre a areia: o vento das transformações e o rio do progresso as levarão de arrastão.

ELUCIDAÇÕES

“Porque não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus,

o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.”

Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 4:5.)

Nós, os aprendizes da Boa Nova, quando em verdadeira comunhão com o Senhor, não podemos desconhecer a necessidade de retraimento da nossa individualidade, a fim de projetarmos para a multidão, com o proveito desejável, os ensinamentos do Mestre.

Em assuntos da vida cristã, propriamente considerada, as únicas paixões justificáveis são as de aprender, ajudar e servir, porquanto sabemos que o Cristo é o Grande Planificador das nossas realizações.

Se recordarmos que a supervisão dele age sempre em favor de quanto possamos produzir de melhor, viveremos atentos ao trabalho que nos toque, convencidos de que a sua pronunciação permanece invariável nas circunstâncias da vida.

A nossa preocupação fundamental, em qualquer parte, portanto, deve ser a da prestação de serviço em Seu Nome, compreendendo que a pregação de nós mesmos, com a propaganda dos particularismos peculiares à nossa personalidade, será a simples interferência do nosso “eu” em obras da vida eterna que se reportam ao Reino de Deus.

Escrevendo aos Coríntios, Paulo define a posição dele e dos demais apóstolos, como sendo a de servidores da comunidade por amor a Jesus. Não existe indicação mais clara das funções que nos cabem.

A chefia do Divino Mestre está sempre mais viva e a programação geral dos serviços reservados aos discípulos de todas as condições permanece estruturada em seu Evangelho de Sabedoria e de Amor.

Procuremos as bases do Cristo para não agirmos em vão.

Ajustemo-nos à consciência do Grande Renovador, a fim de não sermos tentados pelos nossos impulsos de dominação, porque, em todos os climas e situações, o companheiro da Boa Nova é convidado, chamado e constrangido a servir.

Livro Fonte Viva – Médium Chico Xavier – Espírito Emmanuel.

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