domingo, 23 de abril de 2023

OS TRABALHADORES DO SENHOR

O Espírito de Verdade - Paris, 1862

5. É chegado o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade, e felizes serão aqueles que tiverem trabalhado no campo do Senhor generosamente e sem outro interesse que não a caridade! Suas jornadas de trabalho serão recompensadas cem vezes mais do que esperavam. Felizes serão os que houverem dito a seus irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos nossos esforços a fim de que o Senhor encontre a obra terminada quando chegar”, e o Senhor lhes dirá: “Vinde a mim, vós que sois bons servidores, que calastes vossos melindres e discórdias para não deixar a obra prejudicada!” Mas, infelizes daqueles que, por suas divergências vaidosas, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e serão levados no turbilhão! E clamarão: “Graça! Graça, Senhor!” Ele lhes dirá: “Por que pedis graças, vós que não tivestes piedade de vossos irmãos? Que recusastes estender a mão ao fraco e o esmagastes ao invés de socorrê-lo? Por que pedis graças, vós que procurastes na Terra vossa recompensa nos gozos e na satisfação de vosso orgulho? Já recebestes a vossa recompensa de acordo com vossa vontade, nada mais deveis pedir. As recompensas celestes são para aqueles que não tenham recebido as recompensas na Terra”.

Deus faz neste momento a enumeração de seus servidores fiéis, e marcou “a dedo” aqueles que do devotamento só têm a aparência, a fim de que não se apoderem do salário dos servidores corajosos. A estes, que não recuarem perante a tarefa, é que Ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo, e estas palavras se cumprirão: “Os primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros no reino dos Céus”.

AVANCEMOS

“Irmãos, quanto a mim, não julgo que haja alcançado

a perfeição, mas uma coisa faço, e é que,

esquecendo-me das coisas que atrás ficam,

 avanço para as que se encontram diante de mim.”

Paulo. (Filipenses, 3:13 e 14.) 

Na estrada cristã, somos defrontados sempre por grande número de irmãos que se aquietaram à sombra da improdutividade, declarando-se acidentados por desastres espirituais.

É alguém que chora a perda de um parente querido, chamado à transformação do túmulo.

É o trabalhador que se viu dilacerado pela incompreensão de um amigo.

É o missionário que se imobilizou à face da calúnia.

É alguém que lastima a deserção de um consócio da boa luta.

É o operário do bem que clama indefinidamente contra a fuga da companheira que lhe não percebeu a dedicação afetiva.

É o idealista que espera uma fortuna material para dar início às realizações que lhe competem.

É o cooperador que permanece na expectativa do emprego ricamente remunerado para consagrar-se às boas obras.

É a mulher que se enrola no cipoal da queixa contra os familiares incompreensivos.

É o colaborador que se escandaliza com os defeitos do próximo, congelando as possibilidades de servir.

É alguém que deplora um erro cometido, menosprezando as bênçãos do tempo em remorso destrutivo.

O passado, porém, se guarda as virtudes da experiência, nem sempre é o melhor condutor da vida para o futuro.

É imprescindível exumar o coração de todos os envoltórios entorpecentes que, por vezes, nos amortalham a alma.

A contrição, a saudade, a esperança e o escrúpulo são sagrados, mas não devem representar impedimento ao acesso de nosso espírito à Esfera Superior.

Paulo de Tarso, que conhecera terríveis aspectos do combate humano, na intimidade do próprio coração, e que subiu às culminâncias do apostolado com o Cristo, nos oferece roteiro seguro ao aprimoramento.

“Esqueçamos todas as expressões inferiores do dia de ontem e avancemos para os dias iluminados que nos esperam” – eis a essência de seu aviso fraternal à comunidade de Filipos.

Centralizemos nossas energias em Jesus e caminhemos para diante.

Ninguém progride sem renovar-se.

Livro Fonte Viva – Espírito Emmanuel – Médium Chico Xavier 

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